Produção de ovos no Brasil cresce 189% em 24 anos e exportações disparam em 2025
A produção brasileira de ovos aumentou 189% entre 2000 e 2024, consolidando o país como o 5º maior produtor mundial. Só em 2024, o Brasil produziu o equivalente a mais de 1.800 ovos por segundo. Os dados foram apresentados por Ricardo Santin, presidente da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), durante o Encontro da Coordenação da Conbrasul – Conferência Brasil Sul da Indústria e Produção de Ovos, realizado em 24 de abril na sede da entidade, em São Paulo.
Apesar de atender majoritariamente o mercado doméstico — 99,14% da produção nacional de ovos permaneceu no Brasil em 2024 — as exportações do produto vêm ganhando força. Entre janeiro e março de 2025, o volume exportado cresceu +97,2%, com crescimento de +116,1% em receita, de acordo com dados da ABPA e da SECEX.
“Nosso maior cliente ainda é o consumidor brasileiro, mas há espaço claro para crescimento nas exportações”, afirmou Santin.
Produção de ovos no Brasil cresce 189% em 24 anos e exportações disparam em 2025
- Consumo interno robusto
A apresentação reforçou a relevância do mercado interno para a avicultura brasileira. Os dados estimam o consumo per capita para 2025 da seguinte forma:
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Frango: 46 kg por habitante/ano
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Suíno: 19 kg por habitante/ano
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Ovos: 272 unidades por habitante/ano
Com esse consumo, o Brasil se mantém entre os líderes mundiais em ingestão de proteína animal.
- Custo de produção em alta
A ABPA também destacou o aumento dos custos de produção, com base em dados da Embrapa:
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Frango vivo no Paraná: +7,3%
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Suíno vivo em Santa Catarina: +8,1%
Essas variações são impactadas principalmente pelos preços do milho e da soja — insumos que compõem mais de 70% dos custos do setor, segundo dados do CEPEA.
Produção de ovos no Brasil cresce 189% em 24 anos e exportações disparam em 2025
- Oportunidades à frente
Santin reforçou que o Brasil possui condições ideais para seguir crescendo: disponibilidade de grãos, clima favorável, alta capacidade produtiva e avanços em biosseguridade. Segundo ele, estratégias como compartimentação, regionalização e melhoria da rastreabilidade são essenciais para manter a competitividade internacional e responder a desafios sanitários como a influenza aviária.
“Temos estrutura, temos confiança e temos mercado. O Brasil pode e deve crescer”, afirmou Santin ao concluir sua apresentação.