Segundo o Relatório Anual 2022 lançado pela ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), mesmo com várias adversidades que ocorreram ao longo de 2021, com altos custo de produção, o setor de produção de ovo registrou aumento nas unidades produzidas, produzindo em média 54,973 bilhões de unidades, onde 99,54% dessa produção foi destinada para atender o mercado interno.
Em 2021 foi registrado o consumo de 251 ovos por habitante no Brasil, a forte elevação dos preços da carne foi um dos fatores que contribuíram para o maior consumo de ovos, uma proteína animal que costuma ter preços mais acessíveis. A pandemia também acabou despertando o gosto pela descoberta de novos prazeres à mesa, seja no consumo ou no preparo das comidas. A ABPA projeta uma elevação média do consumo per capita para 262 unidades anuais (crescimento de 2,5%), diante do potencial do País.
- Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontam que em 2021 o Brasil produziu 3,98 bilhões de dúzias de ovos. No primeiro semestre de 2022, a produção já chegou a 1,96 bilhões de dúzias.
Mercado e consumo brasileiro de ovos
Exportações
Das 54,973 bilhões de unidades produzidas, apenas 0,46% foi destinado à exportação. Em 2021 foram exportadas 11,346 mil toneladas de ovos gerando uma receita de US$ 18 milhões (FOB). O produto teve como destino 82 países, os Emirados Árabes foi o maior comprador de ovo brasileiro (60,95% das exportações), em comparação a 2020 os embarques para o país aumentaram 104,60%.
O ovo é uma fonte de proteína acessível, de fácil digestibilidade, saboroso, prático e importante para todas as faixas etárias. Ele contém em sua composição vitaminas, minerais e carotenóides que apresentam uma potente ação antioxidante. Dentre as vitaminas encontramos a colina, com várias funções no organismo como a formação da memória do feto, síntese de acetilcolina e síntese de fosfolípides essenciais para as membranas celulares.
A indústria avícola dispõe de excelentes medidas de segurança que permitem que os ovos sejam produzidos e consumidos com segurança pelo consumidor. Apesar dos numerosos esforços da comunidade científica para desmentir e demonstrar que os mitos dos problemas cardiovasculares e do colesterol estão errados e não estão associados ao consumo de ovos, ainda há debate e controvérsia entre algumas pessoas que continuam a acreditar que tais suposições são verdadeiras.