Produtores avícolas do Rio Grande do Sul acreditam em saída diplomática para para retomar as exportações ao Chile de carne de aves, ovos e genética. Lideranças do setor avícola gaúcho e representantes do serviço veterinário oficial discutiram o assunto em reunião realizada nesta segunda-feira (9/10) na sede da Associação Gaúcha de Avicultura (ASGAV).
Depois que o estado registrou um caso isolado da Doença de Newcastle em 2006, todas as respostas técnicas foram dadas ao país vizinho. “Já fizemos várias consultas ao governo chileno sobre o motivo da demora na retomada dos negócios, mas a resposta é que os dados continuam sendo analisados”, afirma a coordenadora do programa de sanidade avícola do Ministério da Agricultura no RS, Taís Barnasque.
Conforme o vice-presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Rui Vargas, a partir de agora é necessário abordar uma via diplomática junto ao Itamaraty. “O RS é o terceiro maior produtor do país, o segundo maior exportador e a manutenção deste embargo, depois de todas as respostas técnicas, não tem lógica”, afirma.
O presidente do Fundo de Desenvolvimento e Defesa Sanitária (Fundesa), Rogério Kerber, afirma que para retomar as exportações ao Chile, o ideal seria uma missão diplomática brasileira visitar o país vizinho, levando todos laudos técnicos de cumprimento das exigências sanitárias. O secretário estadual da agricultura, Ernani Polo, participou da reunião e garantiu que vai levar o relato para o Ministério da Agricultura já nesta terça-feira (10/10), em reunião do Conselho Nacional de Secretários da Agricultura (Conseagri).
A expectativa é de iniciar tratativas para incluir o Rio Grande do Sul na missão chilena que vem ao Brasil em abril do próximo ano. Em 2016, o Rio Grande do Sul produziu 1,618 milhões de toneladas de carne de frango, 12,21% do total produzido no país, e exportou 776 mil toneladas, ou seja, 17,7% do total das exportações brasileiras.
Com informações da Assessoria de Imprensa do Fundesa