O estado de Santa Catarina encerra abril com retração nas exportações de carnes de aves e suínos, tendo exportado 72,4 mil toneladas de carne de frango e 21,3 mil toneladas de carne suína, 16,8% a menos do que em março. A arrecadação com as exportações de carnes também foi menor em abril, sendo que as receitas dos embarques de carne de frango somaram US$ 134,7 milhões, 18,66% menor do que em março.
O secretário de Estado da Agricultura e da Pesca, Moacir Sopelsa, acredita que o encolhimento nas exportações foi causado pela combinação entre um mês atípico e um cenário de incertezas. “Abril foi um mês diferente, com muitos feriados prolongados, e também sentimos os reflexos da Operação Carne Fraca. Em março, passamos por um momento de incertezas, quando novos negócios não foram feitos, isso foi sentido no mês de abril”.
A expectativa é de que haja uma retomada nas exportações em maio. “Nossos produtos são reconhecidos pela sua qualidade e temos um grande diferencial, que é a sanidade dos nossos rebanhos, isso nos dá acesso a mercados muito competitivos. Com a situação normalizada, acredito que as exportações voltem a crescer este mês”, destaca Sopelsa.
Mesmo com a queda nas exportações de carnes em abril, o acumulado do ano apresenta resultados positivos. Em relação ao período de janeiro a abril de 2016, as receitas das embarques do primeiro quadrimestre deste ano registram aumentos de 10,32% no caso da carne de frango e de 56,8% para a carne suína.
Nesses quatro meses, Santa Catarina já exportou 307,9 mil toneladas de carne de frango, com um faturamento de US$ 570,2 milhões. Com forte tradição na pecuária, Santa Catarina é berço das principais empresas do setor de carnes do Brasil, contando com 18 mil produtores integrados às agroindústrias gerando quase 60 mil empregos diretos em frigoríficos e indústrias de beneficiamento.
Como segundo maior produtor nacional de carne de frango, Santa Catarina atende o mercado brasileiro e o exterior, com presença em mais de 120 países. Os números foram divulgados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa/Epagri).
Com informações da Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca