São Salvador Alimentos ganha destaque em relatório do BB-BI e reforça ambição de crescimento
A São Salvador Alimentos, tradicional produtora de carne de frango com atuação verticalizada e forte presença no Centro-Oeste, acaba de ser tema de um relatório elaborado pelo BB-Banco de Investimento (BB-BI), que oferece uma leitura detalhada do desempenho recente e das perspectivas da companhia.
O documento, público e de caráter analítico, destaca a solidez financeira e o posicionamento estratégico da empresa, que opera com duas plantas industriais em Goiás e capacidade diária de abate de 520 mil aves. Em 2024, a companhia alcançou um crescimento de 22% na receita líquida, impulsionado por aumento no volume de vendas (+10%) e melhora dos preços médios (+11%). O movimento reflete a dinâmica favorável de oferta e demanda na proteína de aves, tanto no mercado interno quanto no externo.
O relatório do BB-BI chama atenção para a rentabilidade operacional expressiva, com aumento de 134% no EBITDA e de 148% no lucro líquido, que atingiu R$ 428 milhões no ano. A combinação de custos mais baixos – favorecidos pela redução no preço do milho e farelo de soja – e diluição de despesas operacionais, sustentou os resultados. Além disso, a São Salvador manteve indicadores de alavancagem saudáveis: o endividamento líquido ao final de 2024 foi de R$ 817 milhões, equivalente a apenas 1,0x o EBITDA, bem abaixo do limite pactuado em covenant financeira (3,5x).
Outro ponto valorizado no relatório é a perspectiva de crescimento da companhia, que prevê expansão de seu parque industrial e aumento do número de integrados. A empresa também aposta em avanços na exportação a partir do credenciamento da planta de Nova Veneza, além de buscar maior agregação de valor no mercado interno — com foco em cortes e industrializados.
Em janeiro de 2021, a São Salvador Alimentos já havia ganhado destaque na imprensa ao anunciar planos para realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO), o que, se concretizado, representaria o primeiro IPO do setor de frigoríficos desde 2007. A operação, segundo o jornal Valor Econômico na época, seria coordenada por grandes instituições financeiras, incluindo Itaú BBA, XP, BTG Pactual e Bradesco BBI.