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Segurança da vacina CampVac® SG9R: avaliação do risco de reversão da virulência

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Segurança da vacina CampVac® SG9R: avaliação do risco de reversão da virulência

 

CampVac® SG9R é uma vacina viva de Salmonella Gallinarum estirpe 9R para controle do tifo aviário (TA). SG9R é a única vacina viva de S. Gallinarum disponível comercialmente para o controle do TA no mundo, e é largamente utilizada na América do Sul, especialmente no Brasil, onde o TA continua a ser um problema endêmico. 

As preocupações relativas ao TA incluem perdas econômicas maciças de produção e elevada mortalidade, que pode atingir 80% em lotes de aves pesadas e semipesadas, as quais são muito sensíveis a doença. 

SG9R foi desenvolvida em 1956 pelo Dr. W. Smith, é uma estirpe rugosa o que significa que seu LPS é incompleto devido a uma mutação no gene rfaJ. Este gene é responsável por sintetizar a porção final da cadeia O do Lipopolissacarídeo (LPS) presente na parede da bactéria. 

Neste estudo, esforços foram feitos para se assegurar a segurança da vacina, através de passagens sucessivas da estirpe vacinal por hospedeiros susceptíveis, como prevê a OIE, atualmente, WOAH (World Organization for Animal Health). 

O protocolo incluiu cinco passagens sucessivas a partir da semente-mãe vacinal, empregando uma e dez doses da vacina, considerando que o TA é enfermidade dose-dependente; em poedeiras comerciais de linhagem vermelha as quais são susceptíveis ao tifo aviário; com idade entre 5 e 16 semanas de acordo com as recomendações comerciais de utilização da vacina. As vacinações foram realizadas pela via intramuscular por ser uma via invasiva.

Em cada passagem, os sinais clínicos e a mortalidade foram registrados diariamente por 21 dias pós-vacinação (dpv). Nos dias 2, 5 e 7, três aves de cada dose foram sacrificadas para tentativas de reisolamento de SG9R a partir do fígado e do baço. As aves remanescentes foram sacrificadas e necropsiadas no 21°dpv.  A

Todos os isolados de SG9R obtidos das aves foram submetidos a caracterização bioquímica e sorológica seguido pelo teste de aglutinação frente a acriflavina para confirmar as características de SG9R.

Vinte e cinco isolados, representando todas as passagens, ambos os órgãos e diferentes dpv foram caracterizados geneticamente por PCR, RFLP e sequenciamento buscando por possíveis mutações no gene rfaJ. 

Como resultados, nenhuma mortalidade foi observada, assim como nenhum sinal clínico foi observado em qualquer ave de qualquer passagem. As principais lesões observadas em necropsia, por ordem de aparecimento foram: 

Lesões estas decorrentes da virulência residual da vacina, a qual é bem conhecida. 

O reisolamento de SG9R foi possível de ambos os órgãos (fígado e baço). Não se observaram diferenças na proporção de reisolamento entre uma e dez doses ou entre as cinco passagens, sugerindo que não houve incremento no potencial de infecção sistêmica ou na capacidade de multiplicação da vacina entre as passagens. 

Todos os isolados obtidos mostraram-se bioquímica e sorologicamente compatíveis com SG9R inclusive reagindo fortemente frente a acriflavina como estirpes rugosas o fazem. 

A caracterização molecular demonstrou que todos os isolados eram geneticamente compatíveis com SG9R.  

O sequenciamento e alinhamento do gene rfaJ confirmou que não houveram mutações na sequência de bases do gene entre os 25 isolados de SG9R obtidos das aves e a semente-mãe da vacina. 

A mutação no gene rfaJ, que possivelmente é a principal responsável pela atenuação da estirpe vacinal permaneceu estável durante as passagens. 

Como conclusão, CampVac® SG9R não aumentou sua virulência após as sucessivas passagens pelas aves, permanecendo rugosa e segura, além de mostrar estável bioquímica, sorológica e geneticamente, idêntica à semente-mãe vacinal. 

CampVac® SG9R é segura e eficiente. 

Para saber mais detalhes sobre o estudo, acesse o link.

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