Ícone do site aviNews Brasil, informações avicultura

Sem padrão de vigilância pós-vacinação OMSA/FAO, comércio fica vulnerável, defendem debatedores em evento internacional da FAO

PDF

Sem padrão de vigilância pós-vacinação OMSA/FAO, comércio fica vulnerável, defendem debatedores em evento internacional da FAO

A adoção de vacinação contra Influenza Aviária de Alta Patogenicidade exige um padrão internacional de vigilância pós-vacinação reconhecido por OMSA/FAO para dar segurança regulatória ao comércio. Essa foi a mensagem central defendida pelos debatedores na mesa sobre implementação de vacinação realizada durante o Fórum Internacional da FAO em Foz do Iguaçu.

A discussão foi precedida por apresentação da OFFLU — rede global de influenza animal coordenada pela FAO e pela WOAH, que mantém o AIM (Avian Influenza Matching), programa técnico que compara dados dos vírus em circulação com os antígenos usados em vacinas, orientando a compatibilidade vacina-vírus e a atualização de cepas.

Segundo David Swayne (membro do Comitê Diretor da OFFLU), vacinas inativadas dependem de compatibilidade muito próxima e atualização periódica diante da deriva antigênica. Já plataformas vetoriais, segundo ele, tendem a preservar proteção mais ampla, ponto acompanhado pelos relatórios técnicos do programa.

Para Benedicte Beneult, conselheira agrícola da Embaixada da França no Brasil, a aceitação setorial na França resultou de “antecipação e co-construção” com o setor, combinando vacinação inicialmente em patos com vigilância ativa e passiva, rastreabilidade e reforço de conformidade em campo.

Da China, Huihui Kong (Harbin Veterinary Research Institute/CAAS) relatou uma meta histórica de cobertura ampla – com prática mínima de 80% – e busca ativa em mercados de aves vivas para captar variantes precocemente, antes de alcançarem as granjas comerciais.

No eixo comércio exterior, John Clifford (USAPEEC) avaliou que países dependentes de exportação precisam acoplar a vacinação a auditoria e rastreabilidade verificáveis, lembrando que os custos operacionais (vacinação e monitoramento) têm peso relevante e variam por espécie e etapa, o que exige escolhas logísticas realistas (por exemplo, aplicação em incubatórios para perus ou por água/aerossol em poedeiras adultas).

Ao fim, os participantes convergiram em nos pilares padrão OMSA/FAO de vigilância pós-vacinação para dar previsibilidade regulatória, critérios transparentes de atualização antigênica ancorados pelo AIM/Offlu e comunicação setorial que deixe claras responsabilidades e métricas de desempenho.

Swayne acrescentou que, do ponto de vista biológico, rebanhos vacinados tendem a apresentar menor infecção e eliminação viral, argumento considerado pela OFFLU ao propor uma reavaliação de risco comercial associada a produtos de aves vacinadas — sempre condicionado a vigilância e auditorias eficazes.

A aviNews Brasil é o único veículo de comunicação a realizar a cobertura presencial do Fórum Internacional, trazendo informações sobe os discursos e debates diretamente de Foz do Iguaçu. A cobertura, viabilizada a partir do apoio da MSD Saúde Animal, pode ser acompanhada no site, redes sociais e no Canal agriNews Play Brasil no youtube.

Sem padrão de vigilância pós-vacinação OMSA/FAO, comércio fica vulnerável, defendem debatedores em evento internacional da FAO

PDF
Sair da versão mobile