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Sistemas de comedouros para pintinhos recém-nascidos

Escrito por: Abdul Alqhtani - Departamento de Zootecnia Avícola, Universidade da Geórgia , Brian Fairchild , Mike Czarick
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Conteúdo disponível em: Español (Espanhol)

Na Universidade da Geórgia foi realizado estudo sobre o desempenho de pintinhos segundo o tipo de comedouro utilizado nos primeiros dias de vida.

Para isso, foi realizado um experimento com comedouros durante oito dias:

Figura 1. Tipo de comedouro Turbo grow 2 (TG2)

Figura 2. Comedouro-padrão tipo bandeja

O estudo foi realizado no Centro de Pesquisas da Universidade da Geórgia e nas instalações com 14 boxes experimentais (Figura 3), dos quais 7 utilizavam exclusivamente o comedouro TG2, enquanto os demais utilizavam o comedouro tipo bandeja retangular de 33 × 56 cm.

Foram colocados 50 machos de 1 dia de vida nesses boxes experimentais cujas dimensões eram de 1,20 × 1,50 m. A iluminação fornecida era contínua durante as primeiras 24 horas e depois durante duas horas por dia durante o decorrer do estudo.

Antes de colocar os pintos foram inseridos:

  • 3,7 kg de alimento no comedouro TG2.
  • 2 kg de alimento em cada comedouro tipo bandeja.

O alimento foi pesado seis horas depois de colocar os pintos e diariamente durante o estudo.

Os pintos foram pesados no primeiro, quinto e oitavo dia de vida.

No oitavo dia de vida foram pesados individualmente em quatro boxes experimentais, representando os dois experimentos para avaliar as diferenças na uniformidade dos pintos.

Também foram quantificados o alimento e o excremento presente nos comedouros dos boxes experimentais de controle, separados por uma malha para avaliar quanto material da cama do aviário ou esterco acumulava-se nos comedouros.

Não houve diferenças estatísticas na mortalidade já que em nenhum dos boxes experimentais teve perdas superiores a dois pintos durante o estudo

Os pintos consumiram mais nos comedouros tipo bandeja no 1º, 4º, 5º e 7º dia (1 g/pinto, 1 g/pinto, 2 g/pinto e 4 g/ pinto, respectivamente) (Tabela 1). Não foram encontradas diferenças estatísticas no consumo alimentar a partir do 7º dia.

Em geral, no comedouro tipo bandeja os pintos consumiram mais que no comedouro TG2 (6 g/pinto). O desperdício de comida não foi mensurado objetivamente neste estudo.

No entanto, não foi observado durante a bicagem do alimento que parte dele era jogado fora da bandeja, nem alimento na cama do aviário. A inexistência de alimento na cama do aviário não indica necessariamente que não foi desperdiçado, mas, se isso ocorreu, a quantidade foi tão pequena que era impossível observá-la concretamente na cama do aviário formada com cascas de madeira de pinheiro.

Tabela 1. Consumo de alimento (gramos/ave)

O peso corporal foi significativamente diferente no final do estudo: As aves que se alimentavam no comedouro TG2 pesavam 6 g a mais que as aves que se alimentavam em bandejas (Tabela 2).

Tabela 2. Peso corporal (gramas)

Não foram encontradas diferenças significativas quanto à uniformidade do peso corporal no final do experimento, sendo o coeficiente de variação de 9,4% nas aves que se alimentavam no comedouro TG2, e 10,1% nas aves que se alimentavam no comedouro tipo bandeja.

A conversão alimentar no período de 0-5 dias, 6-8 dias e 0-8 dias foi significativamente menor nos boxes experimentais com comedouros TG2 (Tabela 3).

Tabela 3. Conversão alimentar bruta (alimento em gramas/peso corporal em gramas)

Figura 4. Plataforma de pesagem das aves

O comedouro TG2 teve desempenho semelhante no uso do alimento, mas apresentou maior capacidade para armazenar a comida comparado às bandejas adicionais. Como os pintos não ficam sobre o alimento nos comedouros TG2, geralmente não há presença de excrementos ou do material da cama. A alimentação nas 6, 24 e 48 horas indica que os pintos que se alimentavam nesses dois tipos de comedouros foram capazes de localizar o alimento em ambos os sistemas sem nenhuma diferença.

Até o final da primeira semana de vida, as aves se alimentavam mais no comedouro tipo bandeja, enquanto as que se alimentavam no sistema TG2 apresentaram vantagem numérica e não estatística por terem maior peso corporal e melhor conversão alimentar.

*Nota: Os nomes comerciais ou comuns são utilizados neste texto exclusivamente com fins informativos e descritivos. O Serviço de Extensão Agrícola e a Universidade da Geórgia não asseguram, nem fazem propaganda de nenhum dos produtos mencionados; e não deve ser interpretado que alguns dos referidos produtos excluem a importância de outros.

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