A OIE (Organização Mundial de Saúde) notificou ontem (22/10) um foco de Salmonella Gallinarum (tifo aviário) em uma granja de matrizes em Honduras. Segundo o informe, o caso teria iniciado em 24 de setembro, sendo confirmado em 1/10 e informado às autoridades de saúde animal internacionais no último dia 20.
O caso ocorreu em uma granja de matrizes com 16.629 aves de idades diferentes, das quais 550 apresentaram a doença e 450 morreram devido à enfermidade. Localizada na aldeia de Taulabé, no departamento de Comayagua, em Honduras, a granja teve 3,4 mil aves eliminadas, com medida de segurança.
Segundo o informe da OIE, o sistema de vigilância epidemiológica passiva para enfermidades das aves atendeu a uma denúncia de mortalidade em aves domésticas em uma granja de reprodutoras pesadas. As aves apresentavam sinais clínicos e lesões compatíveis com tifo aviário.
A partir de testes rotineiros de bacteriologia e análises bioquímicas foi diagnosticada a Salmonella Gallinarum em 1 de outubro. A granja afetada foi quarentenada e mantida a vigilância epidemiológica na região, com restrições de movimento de aves, além da vigilância contínua, a partir da coleta de amostragens.
A doença não foi detectada, segundo a OIE, no rastreamento realizado em um raio de 10 km no entorno do foco. A entidade informa ainda que também não se detectou a doença nos ensaios epidemiológicos da granja afetada, o que significa que o problema ficou restrito à granja afetada.
O tifo aviário é uma doença sistêmica grave, causada por um sorovar extremamente adaptado ao hospedeiro, pelo qual somente as aves adoecem. A enfermidade causa grande perda econômica, não só pelas altas taxas de morbidade e de mortalidade, mas também pela marcante queda de postura.
Nos lotes afetados, a taxa de mortalidade pode ser de 10 a 80%, causando impactos sanitários e econômicos. Os sintomas, que nada têm de específico, são: a anemia com cristas e barbelas pálidas ou arroxeadas que dependendo do órgão lesionado pelo tifo pode causar apatia, penas arrepiadas, anorexia, diarreia amarelo-esverdeada e febre.
Fonte: OIE e aviNews Brasil