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Uso de aditivos líquidos em rações

Escrito por: Guilherme Rocha - Adisseo América Latina , Naiara Fagundes - Adisseo América Latina
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Uso de aditivos líquidos em rações

Os ingredientes líquidos constituem uma parte significativa da organização diária de uma fábrica de rações.

Dependendo do tipo de ração, a porcentagem de matérias-primas e aditivos líquidos em sua formulação pode variar entre 1% e 8%, podendo estes serem incluídos em diversos momentos durante a fabricação da ração.

Na tabela 1 estão descritos os principais aditivos líquidos da Adisseo e seus possíveis locais de aplicação.

Tabela 1. Possíveis lugares de inclusão de alguns aditivos líquidos

 

Maior flexibilidade no projeto da fábrica, pois sua armazenagem pode ser feita a uma longa distância do ponto de aplicação e dispensa o uso de silos dosadores, que permanecem disponíveis para outros aditivos em pó. Possibilita também uma automação extensiva, eliminando a manipulação de embalagens e o risco de erros.

Os sistemas de aplicação são fechados, reduzindo a exposição ao produto, evitando a necessidade de manipulação de sacos, gerando uma melhor ergonomia para o trabalhador. Não gera emissão de poeira durante o processo, ou seja, não há inalação de partículas finas ou risco de explosões de poeira, também garantindo uma maior limpeza da área.

O manuseio de IBCs requer menos tempo do que o esvaziamento de sacos e o uso de tanques a granel envolve ainda menos tempo.

Ausência de sacos vazios ou big bags para descarte, gerando economia de custos.

A aplicação de aditivos líquidos apresenta ampla gama de taxas de inclusão, alta precisão de dosagem e níveis ideais de homogeneidade. A aplicação de enzimas líquidas póspeletização garante uma pulverização uniforme e precisa, além de uma alta recuperação da atividade enzimática na ração.

Alguns aditivos líquidos têm efeitos positivos na etapa de peletização, como a metionina líquida em comparação à metionina pó, que em alguns casos, pode reduzir o consumo de eletricidade na peletizadora.

O sucesso para um adequado uso de aditivos líquidos em fábrica de rações se inicia com um bom projeto.

Uma visita de viabilidade avaliará as necessidades do usuário, determinando as condições da fábrica, assim como o uso atual de aditivos líquidos. A proposta de equipamento para adição de líquidos deve ser uma solução que funcione em termos de segurança, qualidade e confiabilidade.

As características do produto como viscosidade, estabilidade e taxa de inclusão mínima, máxima e relação máxima/mínima devem ser levadas em consideração.

O tipo, quantidade e distribuição dos bicos de pulverização precisam garantir o tamanho adequado de partículas para a adequada adição do produto e miscibilidade do líquido na ração.

Também deve-se considerar as interações e incompatibilidades entre os aditivos líquidos.

A escolha correta do fornecedor também é fundamental para o sucesso no uso de aditivos líquidos. Este deve ter experiência em aplicação de aditivos líquidos e na indústria de ração, treinando o pessoal da fábrica de ração quanto ao uso e manutenção do equipamento.

Atenção especial deve ser dada aos serviços pós-venda, como garantia, capacidade de realizar visitas de manutenção preventiva, suporte à distância ou direto e relatório adequado para cada intervenção. O projeto também deve considerar a facilidade de uso, desmontagem, acesso, limpeza e manutenção dos equipamentos.

O tipo de armazenamento dependerá principalmente do consumo, características do produto, abordagem econômica, disponibilidade de espaço e condições logísticas locais.

Produtos com altos níveis de consumo devem ser armazenados preferencialmente em tanque a granel, enquanto outros podem ser armazenados em IBCs e tambores.

Atenção para aditivos sensíveis à temperatura, os quais devem ser armazenados em ambiente com temperatura controlada abaixo 20°C.

O misturador é o principal local para inclusão de aditivos líquidos como aminoácidos, colina e enzimas.

Em relação as enzimas líquidas, caso a ração ainda siga para peletização ou outro tratamento térmico, são indicadas a adição apenas de enzimas termoestáveis.

A dosagem dos aditivos deve respeitar as quantidades determinadas na fórmula, sendo estas dosadas principalmente pelo sistema de balança ou medidor de vazão mássica.

A etapa de pulverização é a mais importante para se ter uma aplicação adequada e homogênea.

Sendo necessário obter gotículas do tamanho certo e pulverização por tempo suficiente diretamente na ração ao longo do misturador, evitando gotejamentos e prevenindo obstruções de bicos.

Recomenda-se adicionar todos os sólidos no misturador e, então, iniciar a pulverização dos micro ingredientes líquidos e, posteriormente, dos macro ingredientes líquidos, sem alterar o tempo de mistura.

A aplicação de aditivos líquidos após a peletização é uma estratégia utilizada para aditivos sensíveis ao calor, umidade e oxidação, uma vez que o condicionamento, peletização e resfriamento adicionam umidade e calor ao processo.

Também permite a adição de mais líquidos em caso de limitação no misturador ou correção após o armazenamento da ração pronta.

O aplicador de aditivos após a peletização (PPLA) pode ser instalado entre a peneira e o compartimento de envase/embalagem ou após resfriador e o compartimento de envase/embalagem.

O aplicador de pulverização pode ser adicionado a um recobridor de gordura para economizar espaço, instalando os bicos antes ou depois da pulverização de gordura.

Após a aplicação do aditivo ao pellet, os mesmos devem passar por recobridores horizontais ou verticais que movimentarão os pellets para garantir que o líquido atinja a maior superfície da ração.

Um fator importante para bom desempenho de um PPLA, além do projeto em si, é a qualidade física dos pellets ou grânulos, ou seja, a porcentagem de finos.

Esta deve ser a menor possível, pois os mesmos naturalmente absorveriam mais líquido.

Após a instalação dos equipamentos para adição de líquidos é necessário verificar a homogeneidade da ração e a recuperação dos aditivos adicionados.

A amostragem da ração para recuperação de metionina líquida deve comprovar uma boa homogeneidade de mistura (CV ≤ 10%) e de recuperação (90 a 110%).

Não se observa nenhuma segregação específica de aditivos líquidos na ração uma vez que a forma líquida parece ter uma melhor capacidade de distribuição e adesão às partículas inteiras da ração.

A atividade das enzimas líquidas adicionadas também precisa ser avaliada, comprovando a atividade das mesma após processo de aplicação e mistura.

Adicionalmente, manutenções preventivas regulares dos equipamentos são essenciais para manter a qualidade e garantia da adição de líquidos nas rações.

A Adisseo possui diversos aditivos  líquidos em seu portfólio e uma longa e vasta experiência em sua aplicação na alimentação animal. Por meio de parcerias com fabricantes de equipamentos, a Adisseo oferece aos clientes um programa completo de suporte para que possam usar aditivos líquidos com tranquilidade.

Procure nossa equipe para lhe auxiliar na melhor estratégia para uso de líquidos na fábrica de ração e aproveitar ao máximo suas vantagens.

 

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