Para ler mais conteúdo de aviNews Brasil 1T 2022
Ante o cenário de oscilação entre recrudescimento, arrefecimento do número de casos e surgimento de novas variantes do vírus da COVID-19, a realização do evento só foi possível graças à coragem, competência e nível de organização de toda a equipe da ASGAV (Associação Gaúcha de Avicultura), liderada pelo seu presidente executivo, José Eduardo dos Santos.
Competência que foi atestada pela maciça presença de lideranças da avicultura de postura brasileira, que já tinham conhecimento sobre a qualidade e seriedade da Conbrasul Ovos, por suas edições anteriores, sempre realizadas na cidade de Gramado (RS).
Mais do que o reencontro pessoal com atores do setor, que vivem as mesmas agruras dos altos custos de produção, entre outros desafios, o público da Conbrasul Ovos também veio ao encontro de discussões e reflexões sobre que caminhos tomar ante os mesmos.
A programação da 3ª Conbrasul Ovos passou por temas como economia, mercado, inovação, sustentabilidade, sanidade, tendências e marketing.
“No caminho de lutar pelo desenvolvimento da nossa avicultura, pautamos temas estratégicos, desafiadores, que precisam ser colocados em pauta justamente para podermos traçar os novos rumos do nosso setor nos novos cenários que se desenham”, salienta José Eduardo dos Santos. |
OPORTUNIDADES
No primeiro dia da Conbrasul Ovos, o Economista Chefe da Farsul (Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), Antônio da Luz, apontou oportunidades aos produtores de ovos.
A elasticidade entre a renda e o consumo de ovos no Brasil, segundo o economista, é maior do que a média mundial (0,84%) e da China (0.77%). |
“O brasileiro, que durante a vida toda tinha uma renda per capita superior à média mundial, desde 2015 convive com uma renda menor do que a mundial”, destacou o economista da Farsul. “A segunda informação importante é que a projeção do FMI é de que, até 206, haja crescimento da renda per capita dos atuais US$ 6,822 mil para US$ 10,922 mil”, completou.
Dados da Assessoria Econômica do Sistema Farsul demonstram que entre 2000 e 2020, a taxa de crescimento médio das exportações brasileiras foi de:
8% para a carne de frango e
11% para a carne suína.
Em termos de participação no mercado internacional:
Os números da carne de frango são 21,9% em 2000, 42,10% em 2020 e 59,10% em 2030;
Por fim, a carne suína que em 2000 estava em 4,60%, passou a 9,5% em 2020 e deverá chegar a 14,2% em 2030.
Antônio da Luz destacou ainda que as projeções de crescimento de 5% no consumo da carne bovina para 2030, exigirão que as importações do produto cresçam 25%.
Para a carne de frango, cujas projeções de aumento do consumo são de quase 36%, as importações deverão aumentar 54%. |
Enquanto para a carne suína, que deverá ter um consumo 7% maior em 2030, as importações precisarão aumentar quase 90%.
“Vocês estão no setor correto”, afirmou o economista. “Não podemos perder esta janela de oportunidade”, completou. |