Coccidiose
Para ler mais conteúdo de 2017
Conteúdo disponível em:
Español (Espanhol)
A saúde intestinal constitui uma pedra angular na produção avícola sustentável. Um trato gastrointestinal saudável e estável é um pré-requisito para atingir os mais altos níveis de desempenho dos animais e de rentabilidade da exploração.
Contudo, as aves de capoeira têm de enfrentar inúmeras ameaças à integridade intestinal e sobretudo devido ao crescimento global dos sistemas de produção isentos de antibióticos, mais do que nunca a indústria procura contra-estratégias eficazes para resolver os problemas das doenças intestinais.
Coccidiose
A coccidiose é uma grande preocupação universal na produção de frangos de carne e perus, resultando em prejuízos econômicos de vários milhões de dólares por ano. A coccidiose é uma doença grave causada por um protozoário parasita que danifica a parede intestinal das aves. De forma resumida e muito simplificada, após a ingestão oral de oócistos esporulados, diferentes espécies do gênero Eimeria conseguem replicar-se no trato gastrointestinal e danificar os tecidos; no intestino, os patógenos produzem um grande número de novos oócistos, os quais serão expelidos através das fezes das aves.
Em condições climáticas adequadas (as quais estão normalmente presentes nos pavilhões avícolas), estes oócistos esporulam e tornam-se novamente infecciosos. Devido a uma duração relativamente curta, (mas específica da espécie) do ciclo de reprodução dos parasitas de cinco a sete dias, um bando de aves pode ficar totalmente infectado num período de tempo relativamente curto.
Em caso de infecções de coccidiose subclínicas, o desempenho de produção será reduzido devido ao fraco crescimento e à fraca conversão alimentar e, além disso, as aves ficarão mais vulneráveis a outras doenças como a enterite necrótica causada pela Clostridium perfringens ou a infecções por Salmonella.
Tal como referido acima, diferentes espécies de Eimeria originam diferentes sintomas de doença específicos: Por exemplo, a Eimeria brunetti é altamente patogênica, provocando lesões que se limitam ao intestino delgado inferior. Por sua vez, a Eimeria tenella afeta sobretudo o ceco, o qual fica cheio de sangue coagulado e gravemente inchado, dando origem a fezes com sangue. A tabela 1 fornece uma visão geral da patogenicidade de sete espécies diferentes de Eimeria.
O mais importante para a proteção das aves contra a coccidiose é um programa de prevenção adequado, incluindo o controlo permanente da pressão de infecção, em combinação com métodos adequados de limpeza e desinfecção. Além disso, o controlo do risco de coccidiose é uma das ferramentas mais importantes para prevenir uma outra doença intestinal, a enterite necrótica.
Enterite necrótica
A bactéria associada à maioria dos problemas intestinais dos frangos é a Clostridium perfringens, responsável pela enterite necrótica. Tal como explicado a propósito da coccidiose, a doença clínica pode ter efeitos devastadores na produção de frangos de carne e perus. Mesmo a forma subclínica pode ter um impacto negativo significativo nos parâmetros de produção e está associada a problemas de cama úmida e fraco desempenho de produção.
Em bandos com enterite necrótica aguda, as aves morrem rapidamente; em surtos com uma evolução mais prolongada, os sinais includem redução do crescimento, menor ingestão de ração, relutância em movimentar-se, penas eriçadas e diarreia.
Uma lesão macroscópica típica é uma pseudomembrana que adere à mucosa intestinal, primariamente no intestino delgado. A hemorragia e a hiperemia podem estar associadas às lesões nas mucosas. A patogênese da doença ainda não é totalmente conhecida. A Clostridium perfringens também está presente no intestino de aves saudáveis.
Os seguintes dois requisitos da indução de enterite necrótica são considerados necessários: em primeiro ligar, a presença de factores que danificam a mucosa intestinal (por exemplo, coccidiose) e, em segundo lugar, a presença de concentrações intestinais de Clostridium perfringens superiores ao intestino.
A produção de toxinas (especialmente α-toxina e β-toxina) por estas bactérias é um importante fator de virulência, destruindo as membras das células e causando até efeitos sistêmicos e a morte ao entrar na circulação sanguínea.
O que são aditivos fitogênicos?
Há quase 30 anos, a empresa austríaca Delacon começou a desenvolver aditivos alimentares fitogênicos, os quais representam uma alternativa natural para os criadores de gado e empresas que desenvolvem programas de alimentação sem antibióticos.
Hoje em dia, a Delacon é líder mundial em aditivos fitogênicos e, graças a anos de investigação intensiva, levou estes produtos de origem vegetal de uma posição de nicho de mercado para uma aplicação mais convencional.
Os aditivos alimentares fitogênicos (AAF) são normalmente definidos como aditivos alimentares à base de plantas ou botânicos, representando um grupo de substâncias naturais utilizadas na alimentação animal. Estas substâncias bioactivas são derivadas de ervas aromáticas, especiarias, outras plantas e seus extractos. Estas podem ser compostas por muitos grupos diferentes de ingredientes ativos, como substâncias pungentes, substâncias amargas, óleos essenciais, saponinas, flavonóides, mucilagens e taninos.
Graças a esta vasta gama, os AAF oferecem muito mais do que propriedades aromatizantes. Os efeitos são múltiplos e visam principalmente a melhoria do desempenho dos animais.
Combinação de aditivos fitogênicos e ácidos graxos
Assim, é encontrada uma abordagem alternativa para apoiar a saúde intestinal dos animais de criação, combinando os efeitos benéficos dos AAF com os efeitos anti-bacterianos dos ácidos graxos de cadeia média e curta esterificados. Num estudo americano, foi comprovado que esta combinação destes compostos (Biostrong® Forte, Delacon) melhora a eficácia do desempenho das aves, mesmo em condições difíceis como as relacionadas com a enterite necrótica.
Os resultados (Figura 1) mostram que, ao aumentar o tempo de aplicação da combinação (seguida da alimentação apenas com aditivos alimentares fitogênicos), o rácio de conversão alimentar (RCA) e o peso corporal (PC) melhoraram no dia 49.
Em termos de desempenho, fornecer a combinação de AAF e de ácidos graxos de cadeia média e curta esterificados durante 28 dias foi tão eficaz como a aplicação de 20 ppm de virginiamicina no grupo de controlo positivo. Esta combinação também tendeu a reduzir a incidência de lesões de enterite necrótica em 40%, quando comparado com o grupo de controlo negativo, tornando-a semelhante ao grupo de controlo positivo.
Conclusão
Doenças intestinais, como a coccidiose ou a enterite necrótica, representam os principais factores que reduzem o desempenho na produção avícola, restringindo o bem-estar animal e levando a prejuízos econômicos dramáticos nos sistemas de produção avícola a nível mundial.
Manter a integridade intestinal das aves é um objectivo importante, especialmente em condições de produção sem ou com o uso reduzido de agentes anti-microbianos: Os AAF podem contribuir para esta estratégia de forma segura e natural. Uma vez que contêm uma ampla variedade de ingredientes ativos, os aditivos alimentares fitogênicos representam uma das ferramentas mais importantes e promissoras para contrabalançar os desafios intestinais na produção animal.
Numa estratégia de alimentação integrada, os AAF revelaram ser eficientes na promoção do desempenho das aves, mesmo em condições difíceis, quando combinados com ácidos graxos de cadeia média. A Delacon, pioneira e líder mundial no desenvolvimento de aditivos alimentares fitogênicos, deixa a natureza fazer o seu trabalho e desenvolveu o Biostrong® Forte, uma poderosa ferramenta para uma produção avícola sem o uso de antibióticos.