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Agprofito: a nova tecnologia da Agroceres Multimix frente à substituição dos antimicrobianos

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Agprofito: a nova tecnologia da Agroceres Multimix frente à substituição dos antimicrobianos

Quando observamos os sistemas produtivos de aves no Brasil e no mundo, percebemos que há uma forte pressão (seja regulatória, ou do consumidor) no sentido da produção livre de antimicrobianos, em especial no que diz respeito à sua aplicação como melhoradores de desempenho. Ano após ano temos menos moléculas disponíveis e o nosso desafio em buscar alternativas de eficiência similar se torna maior. 

A Agroceres Multimix é uma empresa brasileira que desde sua origem, em 1945, traz em seu DNA a inovação e a aplicação de tecnologias ao agronegócio. Assim aconteceu com a semente de milho híbrido, com as genéticas de suínos e, agora, com alternativas aos antimicrobianos empregados no sistema.

Toda inovação nasce em Patrocínio (MG), onde situa-se o Centro de Pesquisas próprio da empresa, com capacidade de estudos nas áreas de bovinos (corte e leite), suínos e aves (matrizes, postura e frangos de corte).

Respeitando todas as regras de bioética e bem-estar animal, estamos atentos às mais diversas movimentações e demandas dos produtores, em busca de novas soluções que agreguem à produção.

Inspirados no caso de sucesso do nosso simbiótico Agprosymbios, tecnologia formada por cepas exclusivas de probióticos da Agroceres Multimix associadas a prebióticos, que nos entregou resultados bastante robustos no que se refere a desempenho de campo e contra patógenos causadores de salmoneloses e clostridioses, fomos estudar novas soluções.

O embrião do projeto foi gestado dentro do nosso grupo técnico, formado por zootecnistas, veterinários e agrônomos (mestres e doutores), que pesquisou ferramentas que pudessem ser complementares entre si e apoiassem o setor na superação dos desafios de campo, mesmo quando da ausência do uso dos antimicrobianos.

O Centro de Pesquisas possibilitou a experimentação de diferentes fontes de cada um desses componentes e, dois anos de pesquisas depois (trabalhos com frangos de corte, matrizes e aves de postura comercial), repetidos alguns trabalhos, chegou-se à fórmula ideal e a máxima sinergia entre: 

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Esses compostos são metabólitos secundários naturais das plantas, que produzem tais substâncias como medida de proteção a injúrias ambientais, ou de predadores.

A depender da planta e da parte dela que é processada para a extração, há maior ou menor concentração de diferentes princípios ativos.

Para que haja eficiência antimicrobiana, elegemos a associação de dois óleos essenciais que possuem características hidrossolúveis e lipofílicas, o que permite a abertura da membrana celular, que leva a alterações nas características físico-químicas do meio celular, levando a bactéria à morte (lise).

Com o controle da população intestinal patogênica, menores serão as injúrias causadas ao intestino e à barreira intestinal.

 

O intestino das aves é, em certa medida, uma grande barreira formada por enterócitos ligados lado a lado, com função de absorver os nutrientes presentes nos alimentos que as aves consomem, e não permitir o acesso de microorganismos à corrente sanguínea (bacteremia, viremia etc.).

Os enterócitos ligam-se, uns aos outros, por meio das tight junctions (junções apertadas, em tradução livre), que têm por objetivo impedir a passagem de íons, ou microrganismos pelo espaço entre um enterócito e outro.

O uso de extratos fitogênicos faz com que essa ligação entre enterócitos seja mais forte e mais difícil de ser transposta por possíveis agressores.

Quando partimos do pressuposto de que 70% da imunidade do animal está ligada a um intestino saudável, bem povoado e com uma barreira forte e eficiente, passa a fazer todo sentido a utilização de uma combinação de princípios ativos naturais, que entreguem uma microbiota intestinal com população de bactérias patogênicas sob controle e enterócitos com ligações mais fortes entre si.

Foram mais de dois anos de pesquisa e vários experimentos em nosso Centro de Pesquisas, observando interessantes resultados desta cuidadosa e exclusiva associação, então batizada de Agprofito.

 

Agprofito vai a campo

Chegando a um produto tecnicamente bem elaborado, com uma base experimental robusta e atuação bem definida, partimos para o campo em busca de resultados que vêm bastante alinhados com as expectativas. 

Tivemos a oportunidade de desafiar o produto em diferentes situações e pudemos constatar resultados muito interessantes, os quais expomos a seguir. Todos os casos são situações reais de campo, gentilmente cedidas por produtores, cujos dados e identidades serão preservados.

 

Em uma situação de campo, a nossa tecnologia foi desafiada frente ao milho fundo de silo. Essa é uma condição bastante desafiadora por termos o principal ingrediente da dieta com níveis nutricionais abaixo do esperado/formulado e, muitas vezes, com teores elevados de micotoxinas (nesta situação fumonisina).

Quando o Agprofito foi utilizado nessa situação, pudemos observar: melhor produção, menos mortalidade e maior quantidade de ovos por ave alojada no período. 

Os gráficos são próprios e refletem situação real de campo

 

Quando fomos acionados, a granja se encontrava com quadro clínico de Salmonella Galinarum, com lotes irmãos que foram desafiados e vacinados. O desafio ao Agprofito, em um primeiro momento, seria para que não houvesse recidiva no lote tratado.

Porém, além de eliminar a recidiva, observamos desempenho muito melhor em relação à recuperação pós-vacinação.

Os gráficos são próprios e refletem a situação real de campo

 

O produtor vinha com resultados muito ruins em seu rebanho em função de desafios sanitários. Uma das principais queixas e impacto negativo em resultados recaía sobre a mortalidade.

Quando a equipe técnica da Agroceres Multimix foi acionada, identificou-se quadro de colibacilose, com participação eventual de Salmonelose. Observou-se também ocorrência de elevada presença de micotoxinas em algumas situações pontuais.

Em se tratando de campo, normalmente não se tem um problema isolado, mas sim, a associação de diferentes problemas, o que torna os desafios maiores. Com a introdução do Agprofito foi possível observar redução da mortalidade no lote tratado.

 

Conclusão

AgprofitoÉ urgente o desenvolvimento de novas tecnologias para substituição aos antimicrobianos melhoradores de desempenho. O desenvolvimento dessas ferramentas precisa ser muito bem desenhado e entendido para que se tenha sucesso na substituição.

Importante lembrar que o tema da substituição aos antimicrobianos não pode ser visto de maneira a isolar um produto e imputar todo o resultado a ele.

Os produtos alternativos, como Agprosymbios e Agprofito, são tecnologias cuidadosamente construídas e bem estudadas, validadas experimentalmente e a campo, porém, precisamos atuar também em manejo, biosseguridade, bem-estar animal e ambiência para termos pleno sucesso em trabalhar livres de antimicrobianos.

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