Para ler mais conteúdo de aviNews Brasil 3Tri 2023
Antecipando tendências com ciência e tecnologia
Seguindo a filosofia de se antecipar às tendências de mercado, a Agroceres Multimix vem direcionando suas pesquisas com aves de postura e de corte para a promoção da saúde intestinal, com reflexos sobre o desempenho das aves, assim como a qualidade interna e externa dos ovos.
Segundo o gerente nacional de aves da empresa, Marcelo Torretta, o enriquecimento da microbiota das aves, com promoção da melhoria da saúde intestinal voltou ao foco da produção avícola a partir da proibição do uso de grande maioria dos antimicrobianos melhoradores de desempenho.
“Há sete anos já começamos a levantar as alternativas que estavam em uso no mercado mundial, encontramos resultados positivos em alguns produtos e passamos a validar suas combinações”, explicou Torretta. Segundo ele, o trabalho resultou em fórmulas inéditas no mercado brasileiro.
O trabalho de pesquisas em aves realizado pela Agroceres Multimix é desenvolvido no Centro de Pesquisas, localizado em Patrocínio (MG). A estrutura, que é inédita entre as empresas brasileiras de nutrição animal, está instalada numa área de 54 hectares, onde são realizadas pesquisas não apenas com aves, mas também com suínos e bovinos.
Segundo o diretor da Agroceres Multimix, Ricardo Ribeiral, o Grupo Agroceres nasceu da pesquisa, em 1945, a partir do desenvolvimento do primeiro milho híbrido do Brasil. “Isso faz parte da nossa cultura e todas as unidades de negócios da Agroceres têm uma ligação muito forte com a pesquisa e a inovação”, explicou.
Ele destaca que, anualmente, a empresa investe mais de R$10 milhões para desenvolvimento de novos produtos, validação e qualificação de insumos e aditivos, aperfeiçoamento das matrizes nutricionais, além de estudos de manejos e equipamentos.
A Agroceres Multimix abriu as portas de seu Núcleo de Tecnologia e Inovação para profissionais de imprensa e a equipe da agriNews Brasil esteve lá, conhecendo in loco, a razão de o slogan da Agroceres Multimix ser “Muito Mais que Nutrição”.
Todos os meses, as equipes técnicas da Agroceres Multimix participam de fóruns internos onde são discutidas tendências, situações encontradas em campo e diversos outros assuntos referentes à realidade do mercado. A partir dessas discussões são criados protocolos de pesquisa, testes e validações que, posteriormente, são realizados no Núcleo de Tecnologia e Inovação.
Entre 1990 e 2023 mais de 1,3 milhão de animais, entre aves, suínos e bovinos participaram de experimentos dentro da estrutura de pesquisas da Agroceres Multimix, resultando em importantes avanços para o setor.
Segundo o Gerente de Pesquisa e Saúde Animal da empresa, Tarley Araújo Barros, para cada experimento é desenvolvido um protocolo de bem-estar animal, que é avaliado por uma CEUA (Comissão Ética de Uso de Animais).
A referida Comissão é formada por funcionários da Agroceres Multimix, professores de universidades e membros da sociedade civil organizada. A CEUA também é registrada no CONCEA (Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal), órgão federal a quem a empresa presta contas de todos os experimentos que realiza a cada ano.
Todos os experimentos desenvolvidos pela Agroceres Multimix são delineados considerando repetibilidade (aumenta a precisão das médias e reduz erros), casualidade/aleatoriedade (elimina intenção de priorizar determinado tratamento) e controle local (aumenta a precisão experimental).
Nos espaços de pesquisas da Agroceres Multimix também é aplicado o princípio do controle de meio, voltado para o ambiente e demais variáveis não experimentais que possam colocar o experimento em risco. As medidas fazem parte dos cuidados essenciais para que os resultados dos experimentos tenham poder estatístico e algo grau de confiança.
No dia da visita da imprensa ao Centro de Pesquisas, o galpão Dark House abrigava aves de oito dias, que estavam sendo submetidas a experimentos de comprovação da linha agPro, voltada para apoiar os produtores de frangos de corte na retirada dos antimicrobianos promotores de desempenho.
Segundo o gerente nacional de aves da Agroceres Multimix, os trabalhos de pesquisa da equipe resultaram na identificação de três cepas específicas, sendo uma para o controle da Clostridiose, outra para agir sobre salmonela e E. coli e uma terceira para liberar enzimas endógenas.
“Com essa descoberta voltamos a ter uma solução de amplo espectro, porém, em um produto natural”, salientou Torretta. “Então, a gente está natureba, porém, com muita tecnologia, porque não adianta só fazer um chá, temos que conhecer a fundo os compostos e sua ação sobre bactérias”, completou.
As aves, que já haviam recebido o alimento pré-inicial no incubatório para, entre outras coisas, evitar a desidratação das aves no transporte, estavam sendo alimentadas com a ração pré-inicial. O alimento é especialmente desenvolvido para que as aves tenham alto desempenho na primeira semana de vida e possam chegar à idade de abate com uniformidade, o que é uma característica fundamental para os abatedouros.
Adicionado a ração pré-inicial e inicial o simbiótico com cepas específicas descobertas pela Agroceres Multimix, apresenta resultados iguais ou superiores aos resultados alcançados com uso de antimicrobianos promotores de desempenho.
Segundo Torretta, o trabalho com óleos essenciais, fitogênicos, probióticos, prebióticos e ácidos orgânicos teve início com o objetivo de promover a saúde intestinal dos animais, porém, também tem resultado em melhoria de desempenho. Além dos alimentos neonatal, pré-inicial e do simbiótico, a linha abrange ainda um polivitamínico com probiótico, um fitogênico e um blend de ácidos orgânicos.
Na área de aves de postura, os trabalhos de pesquisa desenvolvidos pela Agroceres Multimix resultaram em uma fórmula inédita no mercado brasileiro, que combina óleos essenciais, extratos fitogênicos e prebióticos.
O novo fitogênico formulado pela Agroceres Multmix foi validado em galinhas poedeiras e os experimentos demonstraram um aumento de 5% na integridade intestinal das aves.
A partir do método Health Tracking System (HTSi), os levantamentos realizados pela empresa, apontaram para um aumento de 1,5% na integridade intestinal das aves. O excesso de muco, que era de 55% sem o uso do simbiótico, caiu para 35% (-36%) e descamação celular passou de 90% para 55% (-38%).
Ainda no que se refere à qualidade de fezes, as aves tratadas com agProFito apresentaram um aumento de 4% de matéria seca nas excretas. “A melhora nas excretas é resultado de uma melhor absorção de nutrientes no intestino, dentre eles o cálcio e o fósforo, que refletem em melhora da espessura de casca dos ovos”, explicam Torretta.
Os experimentos demonstraram um aumento de 2% na espessura dos ovos das galinhas que utilizaram o agProFito. O índice de gema, por sua vez, apresentou resultado 5% superior ao das aves do grupo de controle negativo.
Todos os dados dos experimentos desenvolvidos no Núcleo de Tecnologia e Inovação da Agroceres Multimix são inseridos em um software próprio da empresa e abastecem uma plataforma analítica que apoia a tomada de decisões do grupo.
Como exemplo, mais de 674 mil ovos já foram analisados, gerando um banco de dados capaz de correlacionar dados como idade, genética, nutrição, peso de ovos, espessura e resistência de casca, altura, peso e percentual de albúmen, cor, peso e percentual de gema, entre outros.
Tarley explica ainda que a estrutura de pesquisas da Agroceres Multimix também abriga experimentos desenvolvidos em parceria com casas genéticas e universidades, entre outras entidades. Entre os parceiros da empresa para a realização de pesquisas e experimentos estão a EPAMIG, Universidade Federal de Viçosa, UFMG, UFLA, Unesp, USP, Kansas State University e Embrapa.
Confira o vídeo com a cobertura da visita guiada ao Núcleo de Tecnologia e Inovação da Agroceres Multimix clicando AQUI