De acordo com as estatísticas do SENASA, através do crescimento da produção de carne de aves, o produto se voltou ao mercado interno, impactando os preços. Desta forma, em maio, a carne de frango experimentou uma baixa de 4,16%, em contraste com a carne bovina, cujo preço aumentou aproximadamente 1,9%.
Argentina planeja reduzir produção de carne de aves
Esta redução se deveria a uma sobre-oferta de carne de aves que existe no mercado argentino, devido a condições macroeconômicas que afetam as exportações.
Available in other languages:Durante os primeiros 5 meses do ano, a produção de carne de aves aumentou em 6%, no entanto, a queda das exportações causou um sobre-abastecimento no mercado interno argentino, impactando negativamente o preço do produto no produtor.
Portanto, a industria avícola argentina se encontra em um dilema, fatores externos retraíram o consumo de seus tradicionais compradores internacionais e, tampouco, é o momento de ir em busca de novos mercados já que o setor não é competitivo neste momento. Em uma publicação anterior do aviNews, já se havia advertido que a exportação de frangos estava atravessando uma situação difícil. Sendo que, alguns dos principais problemas que afetam os produtores deste país são o tipo de câmbio, o IVA que paga a carne de frango de 21%, alto custo da mão de obra, grandes custos de logística, entre outros.
O sector avícola argentino não é competitivo em nível internacional devido a fatores macroeconômicos, produzindo-se um sobre-abastecimento de carne de aves em nível doméstico.
Para o presidente do Centro de Empresas Processadoras Avícolas (CEPA), Roberto Domenech, – AMBITO - o setor avícola argentino é muito eficiente já que tem excelente conversão e sanidade, porém, explica que desde o momento em que se carrega o caminhão com as aves para o abate, já se começam a perder. Além disso, realiza uma comparação exemplificando que o custo do abate no Brasil é aproximadamente 50% inferior ao da Argentina. Por isso, muitas empresas estão voltando sua produção ao mercado interno, provocando uma sobre-oferta.
De acordo com as estatísticas do setor, na Argentina participam 38 empresas avícolas, das quais 12 concentram 60% da produção e 10 exportam. No entanto, devido às condições que afetam o mercado, como se indicou anteriormente, a maioria das empresas que se dedica ao mercado interno já não estão interessadas em exportar.
Para o futuro próximo, os empresários avícolas projetam que a indústria continuará exibindo estes consideráveis índices de crescimento já que a produção é planejada com um ano de antecedência. Mas para o próximo ano, as expectativas são incertas ante as possíveis medidas que serão tomadas.
Diante desta difícil situação, o presidente do Centro de Empresas Processadoras Avícolas (CEPA), Roberto Domenech, destacou ao Canal Rural Satelital S.A que a solução seria realizar uma redução da produção de carne de ave. Isto seria inevitável, devido às condições macroeconômicas em que se encontra a Argentina, já que há uma sobre-oferta no mercado e não se pode canalizar para uma maior exportação embora existam mercados a se abordar, porém os números não correspondem. O que propõe o presidente do CEPA é realizar uma redução da produção de acordo ao que o mercado interno pode absorver e encontrar uma relação entre oferta e demanda razoável. Isso implicaria baixar a produção de carne de ave em aproximadamente 15% e canalizar tudo o que se está enviando para a exportação neste momento, mantendo os padrões argentinos no mercado internacional. |
De acordo com o contexto que está atravessando a indústria avícola argentina, os empresários do setor estão avaliando reduzir algumas linhas de produção, sendo muito difícil de consensuar esta ideia devido aos altos custos que devem assumir os envolvidos.