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Brasil: Avanços na compartimentação do setor avícola

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Compartimentación en la industria avícola brasileña

Conteúdo disponível em: Español (Espanhol)

Com este projeto de compartimentação desenhado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) , o setor avícola de São Paulo deverá ser mais eficaz na detecção e combate a eventuais problemas de sanidade e, no caso de surgimento ou surto destas doenças, os estabelecimentos avícolas que estão seguindo as medidas de controle e biossegurança serão considerados livres para produzir e comercializar seus produtos. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) se encarregará de auditar, inspecionar e certificar os estabelecimentos depois da adoção das medidas preventivas. O reconhecimento será realizado em toda a cadeia de produção, desde a granja de reprodução, centro de incubação, granjas de corte e de postura, matadouros, fábricas de alimentos balanceados e de materiais para cama avícola.

O conceito de “compartimentação” elimina a questão geográfica. Ou seja, mesmo no caso de aparecimento ou surto repentino de certas enfermidades em um Estado ou região, a empresa compartimentada pode seguir exportando. Do mesmo modo, se ocorre um problema em una instalação particular, só a empresa é interceptada ou isolada e não toda uma região ou Estado.
Em uma reunião realizada em 8 de fevereiro de 2017, o Secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Arnaldo Jardim, e Superintendente Federal de Agricultura no Estado de São Paulo (SFA / SP), Francisco Jardim, junto com os representantes das empresas de genética Aviagen, Hy-Line, ISA Hendrix América del Sur, JBS y BRF, e a Asociação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e Asociaciação Paulista de Avicultura (APA), debateram sobre os principais desafios do processo, que está regulado pela Instrução Normativa Nº 21/2014 .

O secretário Arnaldo Jardim diz: “Buscando um acordo entre o Ministério, a Secretaria e as empresas, o establecimento desta meta é muito importante para trazer mais qualidade ao processo de obtenção da compartimentação. Assegurar a biossegurança no setor é uma das diretrizes do governador”.

Integração setorial É necessário aproveitar a integração do setor de São Paulo para reduzir os processos burocráticos, segundo Francisco Jardim. Além disso, o superintendente do MAPA precisou: “Queremos fomentar a participação do setor produtivo em algumas decisões para efetuar uma mudança de paradigmas da atividade. Este Estado foi pioneiro na compartimentação e temos que incentivar o diálogo, verificar os gargalos, de forma que São Paulo continue sendo o grande líder da agroindústria”.

Experiência em certificação Durante a reunião, o gerente de Qualidade, Serviços Veterinários e Laboratório da Cobb-Vantres, Leonardo Sestak, apresentou a experiência da empresa para obter a primeira certificação, em novembro de 2016, aos representantes das empresas de genética. O representante da companhia explicou que “este projeto nasceu da associação da indústria com o MAPA e a ABPA e queremos mostrar quais foram as dificuldades que superamos no desenvolvimento de documentos do Procedimento Operacional Padrão (POP) de biossegurança, item de controle, equipamentos de gestão e veículos exclusivos”.

Para o coordenador da Defesa Agropecuária do estado, Fernando Gomes Buchala, é necessário ter um compromisso protocolar para iniciar o processo, já que no caso de um suto no país, o primeiro requisito para a exportação estará relacionado com o cumprimento da Instrução Normativa. Ele ressaltou que “se trata de uma ilha de excelência dentro de uma área territorial onde já existe um estado sanitário conhecido, um aspecto positivo para o avanço da agricultura brasileira”.

Manter a certificação A manutenção da certificação implica um trabalho conjunto entre o Serviço Veterinário Oficial (SVO) e as empresas que realizam as auditorias anuais, segundo explicou o coordenador do Programa Estatal para a Sanidade Avícola da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), Luciano Lagatta. “A própria empresa deve efetuar as auditorias internas, porém, em conjunto com a CDA, se faz um cadastro dos estabelecimentos que têm aves e porcos de subsistência no entorno de um quilômetro das unidades a serem compartimentadas. Cada seis meses, é necessário coletar materiais para submeter a exames as aves que vivem nestes lugares, e logo são remetidos ao Laboratório Nacional de Agropecuária (LANAGRO). Estes documentos são necessários para a renovação do certificado emitido pelo MAPA, que tem validade de dois anos”.

O diretor de Relações Institucionais da ABPA, Ariel Antonio Mendes, realizou sua avaliação: “O estado de São Paulo tem um papel estratégico no setor, já que grande parte do material genético da América do Sul provém daqui, por isso é importante manter este canal de exportação aberto através da compartimentação. No caso das empresas de genética, só temos que ajustar os processos e isso não requer muito investimento”.

O presidente da APA, Erico Pozzer afirmou que o processo requer muito trabalho por parte do governo e do setor produtivo, por isso ele salientou a necessidade de reforçar os controles fronteiriços no país. “A grande preocupação é o eixo que São Paulo tem o maior plantel de aves poedeiras do país. Devemos ter cuidado não só com as aves migratórias, mas também com as “pessoas migratórias”, não permitindo as visitas às granjas e promovendo rígidos controles nos portos e aeroportos, para evitar a contaminação”.

Durante a reunião, foram definidos como representantes do Governo no processo de compartimentação junto às empresas de genética o titular da CDA, Fernando Gomes Buchala, e o coordenador do Programa Estatal de Sanidade Avícola da CDA, Luciano Lagatta; o fiscal agropecuário da Superintendência Federal de Agricultura no Estado de São Paulo (SFA / SP), Fábio Alexandre Paarmann. A primeira ação do grupo será receber o diagnóstico da situação atual das empresas de genética em uma reunião que se realizará no próximo dia 2 de março em Campinas, Estado de São Paulo, Brasil.

Também assistiram à reunião, a analista técnica da ABPA, Maia Burmeister; o presidente da Aviagen América Latina, Ivan Lauandos e o gerente de Serviços Veterinários, Eduardo Lima; o diretor técnico da APA, José Roberto Bottura; o diretor de Agricultura, porcos e aves da JBS, Mario Sergio Assayag; o diretor da Hy-Line Brasil, Tiago Lourenço; o diretor de área da ISA Hendrix Sudamérica, Marco Aurélio Almeida; o gerente de Reprodutoras da BRF, Ivan Antonio Peruzzo; e Andrea Moura, fiscal federal agropecuária da SFA/ SP.

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