22 jul 2025
Brasil tem 12 mi de posições-pallet em armazenagem frigorificada, aponta GCCA
“Esses dados são de 2024 e resultam do nosso mapeamento anual da rede brasileira de armazenagens frigoríficas”, afirmou durante palestra no 11º Encontro Avícola e Empresarial Unifrango, em Maringá (PR).
Ao apresentar dados inéditos sobre o setor de armazenagem frigorificada no Brasil, Isabela Perazza, diretora da GCCA (Global Cold Chain Alliance) Brasil, afirmou que o país já conta com aproximadamente 12 milhões de posições-pallet, distribuídas em 271 unidades operacionais.
“Esses dados são de 2024 e resultam do nosso mapeamento anual da rede brasileira de armazenagens frigoríficas”, afirmou durante palestra no 11º Encontro Avícola e Empresarial Unifrango, em Maringá (PR). Segundo ela, o setor registrou crescimento de 4,8% em capacidade em relação ao ano anterior.
A presença da GCCA no evento marcou uma tentativa de aproximação mais direta com os tomadores de decisão da cadeia avícola. Em sua fala, Isabela abordou a infraestrutura instalada no país, a expansão das unidades e os desafios para o avanço da logística qualificada no setor de proteína animal.
Um dos pontos centrais da apresentação foi o alerta sobre a prática, ainda comum no Brasil, de internalização logística pelas próprias agroindústrias. “Temos uma pendência no Brasil que é meio contrária ao resto do mundo: os clientes querem operar sua própria logística”, afirmou.
Ela comparou o cenário nacional com o modelo predominante nos Estados Unidos, onde a terceirização das operações de armazenagem e transporte refrigerado é amplamente adotada. “A tendência lá é o cliente passar muito mais as operações para os operadores logísticos, que são os especialistas”, afirmou.
Isabela também destacou que o frango é um dos principais produtos movimentados pelas unidades frigorificadas no Brasil, e que a avicultura representa um elo estratégico para os operadores do frio. “A avicultura precisa da cadeia do frio para crescer. Os operadores logísticos são áreas estratégicas da produção. Planejamento conjunto e integração são essenciais”, pontuou.
Durante a palestra, a diretora apresentou o perfil da GCCA, que atua globalmente em mais de 80 países e possui mais de 1.500 associados. Com sede nos Estados Unidos, a entidade passou a ter representação formal no Brasil em 2020, após a incorporação da antiga ABEA (Associação Brasileira de Armazenagem Frigorificada).
Desde então, tem ampliado sua atuação em treinamentos, certificações, articulação com o setor público e mapeamento técnico do setor. Entre os programas promovidos pela GCCA no país, estão o Cold Chain Institute — curso voltado à capacitação de colaboradores da cadeia do frio — e o certificado de eficiência operacional para unidades de armazenagem.
Também foram destacados fóruns técnicos internacionais e o ranqueamento dos principais operadores globais com atuação no Brasil, como Superfrio, Criozen, Martini Meat, Iceport e Brasfrigo. A palestra integrou a programação do 11º Encontro Avícola e Empresarial Unifrango, realizado em Maringá (PR).
O evento é promovido anualmente pela Unifrango, sociedade anônima de capital fechado composta por 18 empresas acionistas com atuação conjunta nas áreas de produção, exportação, logística e inteligência de mercado. São elas: Avícola Cooavic, Avícola Catarinense, Avícola Simarelli, Bello Alimentos, C. Vale, Coasul, Coopagrícola, Copacol, Diplomata, Frango Granjeiro, Frango Pioneiro, Jaguafrangos, Nutriza, Pluma Agroavícola, SuperFrango, Uniaves, Unifrango Agroindustrial e Zanchetta Alimentos.
