Segundo estudo do Banco mundial publicado em 2011 (Figura 1), a Bronquite infecciosa, causada por um Coronavirus, é a segunda doença de maior impacto econômico da indústria avícola mundial.
Embora a doença não leve a mortalidade elevada, seu impacto está relacionado às inúmeras perdas ocasionadas durante todo o processo produtivo.
Na maioria de vezes, seu impacto é maior quando, nas granjas, também circulam outros patógenos como: Mycoplasma gallisepticum ou o vírus da Laringotraqueite infecciosa. Todos estes agentes são patógenos primários, ou seja, eles sozinhos levam a problemas sanitários, mas quando dois ou mais deles infectam o lote de forma simultânea, os problemas aumentam exponencialmente.
Doenças infeciosas de maior impacto econômico na indústria avícola mundial
O vírus da Bronquite infecciosa (VBI) pode afetar aves de todas as idades:
Desta forma, os efeitos e perdas ocasionadas pelo VBI podem ser percebidos na fase de recria, fase de produção e qualidade do ovo (Figura 2).
Figura 2. Principais parâmetros sanitários e produtivos causados pela infecção pelo vírus BR-I da Bronquite infecciosa em lotes de postura comercial, vacinados com cepa Massachusetts (Chacón et al., 2020)
A BRONQUITE INFECCIOSA NO BRASIL
Todos os trabalhos científicos publicados na última década coincidem em sinalar a circulação de apenas duas cepas do VBI:
O vírus BR-I está circulando no Brasil desde, pelo menos, a década de 70, e existem fortes evidências de que este vírus já estava circulando no Brasil desde a década de 50, o que coincidiria com a primeira descrição da doença no Brasil (Hipólito, O. 1957).
Observações de campo e estudos experimentais mostraram que a cepa Massachusetts, utilizada intensivamente como vacina desde 1979, não confere proteção completa contra os vírus de campo BR-I:
lotes clinicamente afetados eram desafiados pelo vírus BR-I, o que apresenta baixa semelhança molecular e antigênica com a cepa vacinal Massachusetts.
BASES CIENTÍFICAS PARA O CONTROLE EFICAZ
Para o controle eficaz da Bronquite infecciosa, a cepa vacinal usada deve ser homóloga, ou muito semelhante geneticamente, à cepa que está circulando e acomentendo as granjas (Tabela 1).
Tabela 1. Nível de proteção segundo o nível de semelhança genética entre as cepas vacinais e os vírus de desafio (De Wit, 2013).
(*) O trabalho resume resultados de mais de 137 grupos vacinados e mais de 18 modelos de desafio.
Trabalhos de patogenicidade conduzidos confirmaram que o vírus BR-I é virulento e afeta os tratos respiratório, entérico e urogenital das aves.
Outras publicações mostraram as perdas econômicas causadas pelas infecções pelo vírus BR-I no campo.
Estudos moleculares, epidemiológicos, de patogenicidade, proteção e impactos econômicos conduzidos com vírus BR-I evidenciaram a necessidade da avicultura brasileira de ter uma vacina que ofereça níveis de proteção próximos ao 100%, pois a cepa Massachusetts confere uma proteção parcial contra o vírus BR-I (aprox. 40%).
Entendendo esta demanda da avicultura brasileira, a Ceva decidiu desenvolver vacinas viva e inativada, que contenham o vírus BR-I para o controle da doença. Anos de pesquisa e testes conduzidos na Europa e no Brasil, seguindo os padrões de qualidade mais exigentes, resultaram no desenvolvimento de uma vacina viva atenuada com vírus BR-I:
Cevac IBras
O processo de desenvolvimento resultou numa vacina única, que equilibra perfeitamente segurança e eficácia.
GANHOS DECORRENTES DO CONTROLE DA BRONQUITE INFECCIOSA CAUSADA PELA CEPA BR-I
Desde o lançamento, a Cevac IBras tem se mostrado totalmente segura no campo, podendo ser utilizada em pintainhas desde o primeiro dia de idade, até aves em fase de produção, sem preocupação de rolagem viral ou reversão da virulência.
Desde os primeiros usos em campo ficou evidente a eficácia da vacina, conferindo resultados que superaram as expectativas dos granjeiros.
Os ganhos observados em granjas de diferentes regiões avícolas do Brasil incluem:
Figura 3. Benefícios produtivos obtidos em lotes de poedeiras após uso de Cevac IBras (Chacón et al., 2020).
PROTEÇÃO EFICAZ, DURADOURA E PRÁTICA DA BRONQUITE INFECCIOSA
Com o uso da vacina viva atenuada, contendo uma cepa homóloga ao vírus de campo (Cevac IBras), obteve-se controle eficaz da doença nas fases de recria e produção.
Porém, este programa precisava de revacinações a cada 8 ou 10 semanas na fase de produção de ovos. Para minimizar ou eliminar estas revacinações na fase de produção, foi desenvolvida a vacina inativada Cevac Eggmune, contendo a cepa BR-I da Bronquite infecciosa e o Metapneumovirus subtipo B.
A Cevac Eggmune prolongará a proteção conferida pela Cevac IBras aplicada na fase de recria, conferindo ao lote proteção eficaz e duradoura, com menos manejo.
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