25 ago 2020

COVID-19: carne de frango continua segura, diz IPC

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"A carne de frango é uma parte essencial de uma dieta nutritiva para consumidores em todo o mundo e continua segura para consumo na era pandêmica da COVID-19, seja produzida internamente ou importada do exterior". A afirmação consta de nota do International Poultry Council (IPC), divulgada no último dia 21/8.

A nota destaca que a segurança do alimento é da maior importância para o setor avícola global, pois todos trabalham para alimentar os consumidores em todo o mundo. Ainda segundo Conselho, que congrega representantes da indústria avícola de 23 países, é fundamental que os governos e o setor privado trabalhem juntos para garantir a segurança, o comércio global de alimentos e o acesso do consumidor à carne de frango segura e nutritiva.

IPC carne de frango covid-19

Na primeira quinzena de agosto, uma nota foi publicada no site do município de Shenzhen, com informações da autoridade sanitária local sobre uma suposta detecção de ácido nucleico do novo coronavírus na superfície de uma amostra de asa de frango congelada, oriunda de um lote importado do Brasil. Segundo a nota, outras amostras do mesmo lote foram coletadas, analisadas e os resultados foram negativos.

Desde então, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e entidades representativas da indústria avícola brasileira, mantém contato com as autoridades chinesas para obter informações oficiais sobre o caso. O IPC destaca que detalhes específicos sobre o caso ainda não foram divulgados e resultaram em informações imprecisas sobre a segurança de produtos de aves importados.

"Em primeiro lugar, até à data, não foi registado um único caso de transmissão de COVID-19 através de embalagens alimentares, ou do próprio alimento", destaca a nota do IPC. A entidade destaca que a detecção de material genético pertencente ao vírus SARSCOV-2 não é um índice de infectividade da embalagem, ou produto amostrado, mas apenas de que a superfície testada entrou em contato com material viral, que pode não estar vivo, viável e infeccioso.

"Fragmentos inativos do vírus podem permanecer nas superfícies, mas esses fragmentos inativos não podem transmitir COVID-19 e a maioria dos testes não consegue diferenciar entre fragmentos de vírus inativos não infecciosos e vírus viáveis", salienta o IPC. "Portanto, é necessário cautela na interpretação dos resultados do teste", completa.

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De acordo com o atual entendimento científico da OMS (Organização Mundial de Saúde), FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), OIE (Organização Mundial da Saúde Animal), Codex e OMC (Organização Mundial do Comércio), não há evidências de que o vírus COVID-19 possa ser transmitido por alimentos ou carnes, frescas ou congeladas.

Em entrevista à aviNews Brasil, a Coordenadora do Centro de Pesquisas de Alimentos da USP, Dra Bernadette Franco, explicou que o vírus é um organismo parasita, que depende de células vivas para poder sobreviver e se reproduzir. No caso do SARSCOV-2, as células que apresentam as condições necessárias para sua sobrevivência são as do aparelho respiratório sendo sua principal via de transmissão, de pessoa a pessoa, por meio de gotículas respiratórias.

Ainda assim, segundo o IPC, a indústria de alimentos continua a adotar procedimentos rigorosos de segurança do alimento, como o HACCP (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), que estão em vigor globalmente e são uma abordagem preventiva sistemática para os riscos biológicos de segurança alimentar.

frigoríficos pandemia covid-19

Desde a declaração da pandemia da COVID-19, medidas adicionais também vêm sendo adotadas pela indústria de proteína animal para evitar a transmissão da COVID-19 entre os trabalhadores. "A indústria avícola está totalmente comprometida em garantir o mais alto nível de segurança em cada etapa do processo produtivo, do campo ao consumidor, ao mesmo tempo em que garante a segurança de seus trabalhadores e o fornecimento contínuo aos consumidores de proteínas de alta qualidade em todo o mundo", salienta o IPC.

Atualmente, o Conselho Internacional de Avicultura tem 23 países membros e 52 membros associados. Os países membros do IPC representam mais de 95% do comércio global de aves e mais de 90% da produção avícola. A íntegra da nota "COVID-19: Scientific Status and Assuring Safety" (em inglês) pode ser baixada no ícone "PDF" abaixo do título dessa matéria.

Fonte: Assessoria de Imprensa do IPC

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