No último mês de setembro, as exportações brasileiras de carne de frango in natura estiveram praticamente estáveis. Conforme dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), o País embarcou 298,6 mil toneladas de proteína durante o mês, 1% abaixo da quantidade exportada em agosto.
China pode alavancar exportações brasileiras de carne de frango
A procura da China pela carne de frango brasileira poderá alavancar as exportações brasileiras nos próximos meses. Essa é a […]
A procura da China pela carne de frango brasileira poderá alavancar as exportações brasileiras nos próximos meses. Essa é a expectativa dos agentes do setor consultados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
A leve queda, segundo análise do Cepea se deve ao fato de o mês de setembro ter tido menos dias úteis, comparado a agosto. Em termos de média diária de embarques, o mês de setembro apresentou um crescimento de 4%, passando de 13,7 mil toneladas em agosto para 14,2 mil toneladas em setembro.
No entanto, considerando-se apenas os meses de setembro, o volume embarcado no mês passado foi o mais baixo desde 2013, ainda tendo como base os dados da Secex.
China
A expectativa de recuperação das vendas externas, segundo o Cepea, vem tanto do fato de que historicamente os embarques crescem ao longo de segundos semestres, como também da reação da demanda chinesa pela carne brasileira.
A China atravessa um difícil período de PSA (Peste Suína Africana), o que tem, consequentemente, influenciado também na procura por carne de frango.
A última atualização da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) aponta que desde agosto de 2018, cerca de 6,23 milhões de suínos já foram eliminados na Ásia por conta da enfermidade.

Em abril de 2019, a expectativa do IPC (International Poultry Council) era de que as perdas de produção de carne suína em 2019 poderiam afetar 14% da oferta mundial da proteína, podendo subir ainda mais.
Segundo especialistas, antes da PSA, a China era responsável pela produção de 50% da oferta global de carne suína. O vácuo deixado pelas perdas no rebanho asiático de suínos não poderá ser suprido, a curto e médio prazo, levando ao aumento da comercialização e consumo das outras proteínas.