
A colibacilose aviária é uma doença causada pelas cepas patogênicas de Escherichia coli (as chamadas APECs), que provoca aumento da conversão alimentar e dos custos com medicações, menor ganho de peso, falta de uniformidade do lote, alta mortalidade e morbidade das aves.
Ou seja, é uma doença economicamente devastadora, motivo de grande preocupação para a produção de frangos de corte — e ainda cercada de dúvidas. Por exemplo: quais fatores levaram ao aparecimento recente (nos últimos 12 meses) de problemas com APEC em diversas empresas brasileiras?
A resposta para essa pergunta não é simples, tampouco para outras relacionadas a esse desafio tão atual da avicultura brasileira. Justamente por isso, convidamos uma especialista no assunto para falar sobre colibacilose em nosso blog.
A professora Dra. Terezinha Knöbl, que atua no Laboratório de Medicina Aviária do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP) e tem grande experiência em doenças aviárias, infecções causadas por enterobactérias, colibacilose e fatores de virulência bacteriana, respondeu as principais perguntas sobre a Escherichia coli.
Na Parte 1 desse conteúdo, ela fala sobre os problemas causados pela APEC nas aves, os possíveis motivos para os recentes casos e avalia as principais medidas para controlar e prevenir a doença. Confira!
Dra. Terezinha Knöbl – É difícil atribuir a re-emergência da colibacilose a uma causa única, porque o panorama é bastante variável de uma granja para outra. Mas, dentre os pontos principais que podem ter relação com essa mudança epidemiológica, podemos citar:
Essa linhagem causou prejuízos econômicos em alguns países europeus: é considerada bastante virulenta para aves e atua como agente primário. Este ST (sequence type) 117 já foi reportado no Brasil. No entanto, os estudos de caracterização de E. coli por MLST (Multilocus sequence typing) ou WGS (whole-genome sequencing) no Brasil – tipos de sequenciamento genômico – ainda são escassos, seja para diagnóstico ou para monitoramento dos STs pandêmicos.
A experiência de alguns países europeus mostrou que a retirada de promotores de crescimento é um momento crítico para a emergência de algumas doenças bacterianas, mas que a tendência em alguns anos é de que a situação retorne ao padrão normal.
O uso de desinfetantes à base de formol, quaternário de amônia ou glutaraldeído sobre as aves pode causar irritação, inflamação e metaplasia de epitélio respiratório. A desciliação epitelial e o acúmulo de muco podem favorecer a colonização da traqueia e propiciar o desenvolvimento de doenças respiratórias.
Confira a entrevista completa clicando aqui!!
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