“Atualmente, o índice de condenação no Brasil é de 2,62%, maior que na América Latina e em outros países, mas a tendência é de redução”, realçou o palestrante. De acordo com Krabbe, cada país possui uma legislação e os critérios precisam ser rígidos e éticos para que o alimento comercializado seja seguro e de qualidade.
Brasil apresenta níveis elevados de condenações, diz Everton Krabbe
O Brasil, em comparação com outros países, apresenta níveis mais elevados de condenações de carcaças de frangos em frigoríficos, segundo […]
O Brasil, em comparação com outros países, apresenta níveis mais elevados de condenações de carcaças de frangos em frigoríficos, segundo Everton Krabbe, que é doutor em Zootecnia e pesquisador da Embrapa Suínos e Aves. A informação foi passada durante a palestra “Efeito do manejo pré-abate sobre os níveis de condenação na indústria brasileira”, realizada dentro da programação do 21° Simpósio Brasil Sul de Avicultura.
Krabbe frisou que o período de pré-abate é de menos de 12 horas, ou seja, 1% do tempo da criação do frango, sendo pouco tempo para reduzir perdas. Apesar disso, segundo o pesquisador, as perdas não deixam de ser significativas.
A média de condenações de carcaças no Brasil era de 6% e as principais causas eram contaminação e lesões traumáticas, de acordo dados apresentados por Krabbe de estudos realizados até 2011. Estudos mais recentes mostram redução de problemas relacionados ao período pré-abate, mas as causas se mantêm as mesmas.
Para melhorar os indicadores, ter profissionais capacitados é fundamental, segundo Krabbe. “Além disso, o desenvolvimento de novas tecnologias poderá aportar ganhos tanto no bem-estar das aves, como na ergonomia dos trabalhadores e nos ganhos econômicos”, apontou o pesquisador.
Aspectos como número de aves nas caixas de transporte, apanha, tempo de jejum pré-abate, logística de transporte, turno do carregamento das aves, hidratação das aves durante o jejum, temperatura e umidade nas estruturas de espera influenciam na qualidade das carcaças. “Um adequado planejamento das etapas do período pré-abate é muito importante”, reforçou.
De acordo com o palestrante, a desuniformidade dos lotes segue sendo um grande desafio, especialmente em função da crescente automação dos processos. Krabbe comentou, ainda, que os índices de condenações são muito distintos entre as empresas.
Após as palestras, os especialistas participaram de debate com interação dos participantes do Simpósio via chat.
O EVENTO
Em paralelo ao 21º Simpósio Brasil Sul Avicultura, ocorre a 12ª Brasil Sul Poultry Fair, feira virtual que reúne mais de 70 empresas nacionais e multinacionais. O espaço reúne empresas geradoras de tecnologias que estão apresentando suas novidades e seus produtos, permitindo a construção de networking e o aprimoramento técnico dos congressistas.
O 21º Simpósio Brasil Sul Avicultura tem apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária de SC (CRMV/SC), da Sociedade Catarinense de Medicina Veterinária (Somevesc), da Prefeitura de Chapecó, da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), da Embrapa Suínos e Aves e da Unochapecó. Mais informações sobre o 21º Simpósio Brasil Sul de Avicultura no site: www.nucleovet.com.br/simposio/
Fonte: Assessoria de Imprensa