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Conferência FACTA 2018 discute uso de vacina contra a Salmonella

Escrito por: Priscila Beck
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Conferência FACTA WPSA vacina contra Salmonella

Eduardo Muniz - Membro do Corpo Técnico da FACTA Divulgação FACTA

O uso da vacina como alternativa ao combate da Salmonella foi um dos temas discutidos durante a Conferência FACTA WPSA Brasil, que nos dias 16 e 17 de maio reuniu cerca de 350 participantes, entre profissionais, acadêmicos e estudantes em Campinas (SP). A Salmonella desencadeou uma crise recente no setor avícola, após a União Europeia barrar envios de carne de frango do Brasil com indícios da bactéria.

Conferência FACTA reuniu cerca de 350 pessoas em Campinas nos últimos dias 16 e 17 de maio

 

Considerada problema de saúde pública, a Salmonella já que figura como uma DTA (Doença Transmitida por Alimento) e pode ser encontrada em ovos e outros produtos de origem animal. Para o setor de avicultura, tem causado perdas financeiras em razão dos embargos realizados à exportação, além de impedir a abertura de novos mercados.

Segundo Eduardo Muniz, médico veterinário e membro do corpo técnico da FACTA, apesar de não ser obrigatória, a vacina tem a sua eficácia, mas quando utilizada em conjunto com ações de biosseguridade, ou seja, toda a prevenção que se faz na granja para garantir que não haja contaminação externa é essencial para que haja assertividade.

“A vacina sozinha não faz milagre, ela torna o animal mais resistente quando encontra a salmonela de campo, pois aumenta a sua resistência, mas precisa ser utilizada como umas das ferramentas de prevenção”, salienta Muniz. “Inclusive, a vacinação pode substituir os antibióticos no combate à salmonela”, completa.

A vacina ainda é pouco utilizada nas granjas, mesmo que o procedimento represente menos de 1% do custo de produção da atividade. O chefe de Defesa Sanitária do departamento de aves do MAPA (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento), Bruno Pessamilio, afirma que a vacina não é obrigatória e que cabe às empresas avaliarem se deve ou não incluir a vacinação no conjunto de medidas de biosseguridade que ela toma.

Ele lembra ainda que, no caso do frango de corte, devido ao ciclo rápido da ave (cerca de 42 dias) a vacinação deve ser usada estrategicamente para ser economicamente viável. “Precisamos aprimorar a parceria entre o setor produtivo e órgãos públicos para evitar que novos casos ocorram. Vamos agora intensificar cada vez mais as ações e a fiscalização”, detalha.

Para Irenilza de Alencar Nääs, presidente da FACTA, foi providencial a escolha do tema Avicultura 4.0.

Irenilza de Alencar Nääs, presidente da FACTA

“Precisamos estar alertas com o que está acontecendo ao nosso redor e ir ao encontro, ir junto com o que está ocorrendo no agronegócio. Não podemos parar, temos que resolver os problemas de hoje, tendo em vista o planejamento estratégico, o futuro. Foi com essa visão que conseguimos fechar muito bem a Conferência, com todos os aspectos que foram discutidos. Acredito que também tenha sido um momento de otimismo, vivemos as dificuldades do hoje, mas temos que projetar o futuro sempre com otimismo”, salienta Nääs.

Sobre a FACTA

 

A Fundação APINCO de Ciência e Tecnologia Avícolas (FACTA) é uma organização civil sem fins lucrativos, fundada em 10 de agosto de 1989, incorporando e ampliando atividades técnicas e científicas originalmente desenvolvidas por sua idealizadora e criadora, a APINCO – Associação Brasileira dos Produtores de Pintos de Corte.

Tendo como foco principal o fomento e a difusão de novos conhecimentos e tecnologias aplicáveis ao desenvolvimento sustentável da avicultura, a FACTA atende seus objetivos realizando eventos de atualização técnica, aperfeiçoando mão de obra operacional e técnica por meio de cursos específicos, divulgando conhecimentos avícolas através de publicações especializadas e estimulando a evolução técnica, científica e tecnológica da atividade pela dotação de prêmios de estímulo.

Com informações da Assessoria de Imprensa do evento

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