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Coronavírus redireciona cargas de frango dos EUA com destino à China

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Navios que transportam contêineres refrigerados de frango dos Estados Unidos para a China estão sendo desviados para portos em Hong Kong, Coréia do Sul, Taiwan e Vietnã devido ao surto de coronavírus, segundo um grupo de exportação de aves dos EUA. A informação foi divulgada no último dia 13/2 pela agência Reuters.

Segundo a agência de notícias, além de afetar o comércio mundial de transporte de contêineres, o vírus também tem mantido os consumidores e trabalhadores em casa na China, adiando as comprasem lojas e restaurantes e retardando o descarregamento de produtos nos portos.

Os portos chineses ficaram sem espaço para contêineres refrigerados, que devem ser conectados a tomadas elétricas uma vez descarregados para manter a carne congelada e outros produtos alimentícios frios, disse à Reuters o presidente do Conselho de Exportação de Ovos e Aves dos EUA, Jim Sumner.

Um gerente de uma operadora de terminais portuários de Los Angeles disse à Reuters que os produtos congelados e refrigerados estão começando a estragar por causa da falta de energia disponível.

Os atrasos ocorrem no momento em que a China está pronta para aumentar as importações de carne bovina e de aves dos EUA, após Fase 1 do acordo comercial anunciado no mês passado.

Os exportadores de aves dos EUA estão sendo informados pelas autoridades de frete, porto e governo que os embarques de suprimentos médicos e suínos necessários para reforçar as reservas da China estão sendo permitidos, informou Sumner à Reuters.

“Todo o resto está sendo considerado não prioritário e não é permitido entrar”, disse ele. “A China está basicamente fechada no momento”.

A Tyson Foods não redirecionou nenhum de seus atuais produtos de frango dos destinos pretendidos e reiniciou todas as suas operações, segundo comunicado da empresa. “Estamos avaliando ativamente o que esse surto pode significar para nossos negócios globais e nos preparando para a possibilidade de qualquer impacto”.

A Perdue Farms Inc, com sede em Maryland, disse à Reuters que tem pedidos nos livros e está monitorando a situação dos portos.

Estima-se que 300 a 400 contêineres refrigerados de aves – atualmente em trânsito – estão sendo desviados. Cerca de 80% do produto são pés de galinha, enquanto o restante é carne de frango e produtos de peru, disse Sumner.

Pequim suspendeu uma proibição de quase cinco anos nas importações de aves dos EUA em novembro passado, impulsionada por uma escassez sem precedentes de carne na China depois que a peste suína africana matou milhões de suínos no país que, ama carne de porco.

Normalmente, os processadores americanos vendem pés de galinha para fábricas, ou empresas de alimentos para animais por uma média de 5 centavos de dólar por libra, segundo informou Sumner à Reuters. Em compensação, o preço médio dos pés de galinha vendidos para a China é de 90 centavos de dólar por libra, disse ele.

O aperto econômico para os exportadores de frango dos EUA pode ser significativo, já que as empresas podem aumentar as taxas de armazenamento em remessas atrasadas, disse Sumner.

Conteúdo adaptado da Reuters

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