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Do Campo à Mesa do Consumidor: Produção Sustentável com o uso de ESG na Nutrição Animal
Nutrição Animal
Para ler mais conteúdo de aviNews Brasil Julho 2021
A fome é um dos maiores problemas da história da humanidade, e a demanda por comida segue com forte tendência de crescimento. Até 2050 serão dois bilhões a mais de pessoas que precisarão comer na Terra.
No entanto, a grande questão é:
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A agricultura está entre as atividades que mais contribuem para os efeitos do aquecimento global e, consequentemente, tem seu impacto nas mudanças climáticas. A pecuária, também é responsável pelo maior uso de recursos hídricos, além de seu crescimento poder acelerar a perda de biodiversidade do planeta.
O Brasil tem executado o plano setorial de adaptação às mudanças climáticas para contribuir com uma economia de baixa emissão de carbono na agricultura.
O Plano ABC busca, em sua primeira fase:
em linha com o Acordo de Paris, cujo principal objetivo é reduzir o aquecimento global.
“De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a cada 1 real investido pelo Plano ABC, os produtores rurais investiram outros 7 reais em recursos próprios, comprovando a importância de uma produção voltada a aproveitar recursos naturais, através da inserção de tecnologias.”
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Plano ABC+
Com o encerramento do antigo programa, foi lançado em abril deste ano o Plano ABC+ 2020-2030 com o objetivo de renovar as metas para os próximos anos.
Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o ABC+ promove a abordagem integrada da paisagem como marco conceitual, estimulando a gestão integrada das propriedades rurais e o uso eficiente dos recursos naturais.
Além das organizações governamentais, o consumidor cada vez mais demanda produtos de qualidade à sua mesa, mais saudáveis e com transparência na maneira como eles foram produzidos, sem contar com a exigência de que haja rastreabilidade, muito embora existam deficiências, ainda, na maneira de se quantificar a emissão de carbono e falta de legislação do setor.
Esta, sem dúvida, é uma tendência incessante, que tange não somente ao mercado de produção animal, mas se tornou um comportamento, um hábito para essa e as futuras gerações.
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Nutrição Animal
Segundo Gustavo Cordero, gerente global de serviços técnicos da AB Vista, “a contaminação ambiental da produção de suínos e aves é uma questão que preocupa muito a sociedade e pode ser reduzida através do uso de enzimas”.
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Fitase
Um recente estudo sobre suínos para engorda nos EUA (Figura 1), demonstra os benefícios de uma dieta de controle, contendo níveis padrão de fitase em comparação com a superdosagem de fitase, adicionada “a mais” na dieta de controle para dar 2.000 FTU/kg ou MMN com o mesmo desempenho, mas a um custo mais barato, aplicando valores de matriz nutricional mais alta.
Os resultados mostram que a sobredosagem com fitase melhora significativamente o desempenho produtivo dos animais, enquanto o uso de MMN oferece o mesmo desempenho, mas com menor custo de alimentação (5 euros/t).
Figura 1. Índice de conversão (IC) de suínos comparando as estratégias de Superdosagem (SD) e Matriz Nutricional Máxima (MMN) com uma dieta controle (CON).
No mesmo estudo descrito acima, a pegada de carbono de cada tratamento experimental foi determinada e observa-se que as emissões de CO2 são reduzidas pela aplicação da estratégia de superdosagem (numericamente), ou da estratégia de matriz nutricional máxima (P <0,05) na dieta controle (Figura 2).
Figura 2. Pegada de carbono comparando diferentes tratamentos: Controle (CON), Superdose (SD) e Máxima Matriz Nutricional (MMN).
Com base no ganho adicional alcançado neste teste, a sobredosagem reduz 1,61 kg CO2/porco e MMN reduz 6,19 kg CO2 /porco.
O uso de enzimas favorece a maior sustentabilidade ambiental, na medida em que as emissões de CO2, nitrogênio e fósforo são reduzidas, devido à maior eficiência no uso de matérias-primas.
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Estratégias Flexíveis