“Infelizmente, no momento atual, temos o agravante de que o governo não dispõe de recursos para investir em pesquisa e inovação”, afirmou Blairo Maggi. “Essa falta de dinheiro faz com que a gente reflita e procure pensar um pouco diferente daquilo que a gente tem pensado até agora”, completou.
A Embrapa e a falta de investimento público em pesquisa e inovação
O Governo Federal não dispõe de recursos para investimentos em pesquisa e inovação. Essa é a tônica das discussões entre o […]
O Governo Federal não dispõe de recursos para investimentos em pesquisa e inovação. Essa é a tônica das discussões entre o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).
Na última quinta-feira (2/8), os 42 chefes das unidades descentralizadas da Embrapa estiveram reunidos por mais de três horas com o ministro Blairo Maggi para discutir os rumos da empresa para o futuro.
Conforme divulgado pela assessoria de imprensa do Mapa, Blairo Maggi alertou para a necessidade de que sejam implementadas mudanças estruturais na estatal. O presidente da Embrapa, Maurício Lopes, lembrou que recebeu comandos do ministro para que a Embrapa entrasse rapidamente em processo de modelagem necessário para que a instituição se mantenha na vanguarda das pesquisas agropecuárias.
No texto de apresentação do relatório de atividades de 2017, a Chefe Geral da Embrapa Suínos e Aves, Janice Reis Ciacci Zanella, faz uma referência à redução de recursos e algumas iniciativas que já vêm sendo adotadas pela estatal. “Com criatividade, a equipe superou o cenário de redução de orçamento e estabeleceu promissoras parcerias, numa aproximação crescente da agroindústria“, cita Janice.
Segundo o presidente da Embrapa, a redução de recursos já vem ocorrendo a dois anos. “Ao longo de dois anos temos nos dedicado ao processo de ajuste em curso”, afirmou Lopes.
Blairo Maggi reputa a diminuição do orçamento destinado a pesquisas à crise econômica enfrentada pelo país. “Dentro do pouco orçamento e de pouca expectativa, a gente tem que desenhar alguma coisa e estabelecer como ser mais produtivo e efetivo”, afirmou o ministro.
O secretário executivo do Mapa e presidente do Conselho Administrativo da Embrapa, Eumar Novacki, disse ser necessária criatividade para resolver problemas sem recursos. Ele disse ainda que mudanças estão sendo discutidas com muita tranquilidade e racionalidade.
“Nada será feito de afogadilho”, garantiu. O secretário executivo disse que algumas propostas estão sendo analisadas, como a junção de atividades meio em unidades diferentes da Embrapa que funcionam na mesma região.
“O que está sendo discutido é algo que vai nos levar a avanços e trazer melhoria para a instituição“, disse Novacki. “A Embrapa é importantíssima para o Brasil e o nosso desafio agora é saber como vamos avançar”, completou.
Com informações da Assessoria de Imprensa do Mapa