Entenda a relação do bem-estar das aves de produção com a qualidade da carne que chega à sua mesa
A avicultura é um dos setores que mais contribuem para o agronegócio nacional, com o Brasil sendo uma referência global neste quesito, ocupando a primeira posição mundial em exportação de carne de frango. No ano passado, o país exportou um total de 5,138 milhões de toneladas, registrando um aumento de 6,6% em relação ao ano anterior, segundo dados da ABPA – Associação Brasileira de Proteína Animal. Dada a relevância desse mercado, torna-se crucial garantir a qualidade do produto por meio de práticas adequadas de bem-estar animal e de uma nutrição correta dele.
O bem-estar animal busca prevenir abusos, dor e sofrimento por meio de práticas alinhadas às cinco liberdades dos animais: fisiológica, ambiental, sanitária, comportamental e psicológica, que foram estabelecidas pelo Farm Animal Welfare Comittee (FAWC) em 1979. O respeito a esses critérios não somente promove a saúde e a produtividade dos plantéis, mas também impacta diretamente na qualidade da carne produzida.
Para Filipe Fernando, médico-veterinário e gerente de marketing de aves e suínos da Boehringer Ingelheim, o manejo adequado das aves deve ser considerado em todos os processos da cadeia produtiva.
“A alimentação, hidratação e a nutrição desempenham um papel fundamental na qualidade do produto. Além disso, precisamos ter ainda mais atenção com as aves durante momentos de apanha e transporte, pois essas situações podem gerar estresse e até lesões nos animais”, explica o executivo
Outro ponto que deve ser levado em consideração pelos produtores é o estresse térmico que as aves podem ser submetidas. A exposição destes animais a temperaturas elevadas provoca uma série de respostas fisiológicas adversas. O aumento da temperatura corporal leva à aceleração da glicogenólise muscular, resultando na produção de carne com as características PSE (pálida, mole e exsudativa), como baixa retenção de água, texturas alteradas e menor vida útil devido à oxidação de proteínas e lipídios.
Além disso, o estresse térmico também compromete o ganho de peso das aves, aumenta o estresse oxidativo e pode resultar em carne de qualidade inferior, trazendo prejuízo ao produtor. “É fundamental que o avicultor implemente práticas de manejo que reduzam a exposição das aves ao calor excessivo, como a melhoria da ventilação nas granjas e a adaptação do transporte às condições climáticas”, complementa Filipe.
A estratégia do investimento no bem-estar animal não se limita ao campo da ética; ela também é fundamental para a prosperidade financeira do responsável pelas aves. A qualidade do frango é um reflexo direto das condições em que é criado. Ter a garantia de boas práticas e de uma alimentação saudável assegura que o produto tenha alta qualidade, com maior valor de mercado e aceitação do público.
Entenda a relação do bem-estar das aves de produção com a qualidade da carne que chega à sua mesa | Fonte: Assessoria de Imprensa Boehringer Ingelheim