Não há momento mais oportuno – dentre todos os infortúnios, obviamente – que a experiência da Pandemia do Covid-19 para que se possa refletir acerca da sustentabilidade e os pilares do desenvolvimento sustentável.
As medidas tomadas para controlar a propagação do vírus e a desaceleração das atividades econômicas tem demonstrado efeitos relevantes sobre o meio ambiente, com melhora significativa da qualidade do ar em diferentes cidades do mundo, redução da emissão de Gases de Efeito Estufa (GEE), dentre outros parâmetros ambientais.
Por outro lado, as mesmas ações deram vazão a uma reconhecida crise social e econômica, com aumento de desemprego e fome.
Em todo mundo vivemos problemas relacionados com a cadeia de suprimentos – suspensão de exportações e importações e desconfiança sobre as práticas de higiene nos sistemas produtivos – o que aumentou a relevância da aquisição de produtos seguros e com mecanismos de rastreabilidade.
Entre todos os aprendizados que serão deixados por essa crise, talvez se sobreponha a reflexão sobre os impactos das ações do homem sobre a vida no planeta e a necessidade de se trabalhar pelo equilíbrio de um mundo de grandes contrastes.
Desenvolvimento Sustentável
Em meio a esse cenário, crescem as preocupações (e desafios) do desenvolvimento sustentável, junto com as exigências sobre as práticas corporativas e os seus efeitos em todas as dimensões.
O acrônimo ESG, do inglês ENVIRONMENTAL – ambiental, SOCIAL – social, GOVERNANCE – governança corporativa, muito conhecido no meio dos investidores, tem assumido cada vez mais relevância nas discussões da cadeia produtiva de alimentos, em especial na agropecuária.
Isso porque as iniciativas voltadas ao “ESG” estão sendo cada vez mais utilizadas por consultores financeiros, bancos e fundos de investimento para avaliar empresas de acordo com seus impactos e desempenho nas três áreas afins: meio ambiente, sociedade e governança, bem como para gerenciar os riscos de investimento.
As classificações de desempenho das empresas em diversos instrumentos financeiros e em seus relatórios de sustentabilidade são algumas formas de demonstrar aos investidores seus compromissos para mitigar riscos e gerar retornos financeiros sustentáveis de longo prazo.
E as empresas listadas em Bolsa de Valores assumem seus compromissos considerando não somente seus próprios negócios, mas toda a sua cadeia de suprimentos e o ambiente que as cerca.
Por isso, é importante que mesmo os menores fornec...