FAO: Visão diante da ameaça de novos surtos de Influenza aviária
A FAO chama à adoção de medidas diante do potencial risco de novos surtos de Influenza aviária entre o final deste ano e março de 2018.
De acordo com a Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO), aumenta o risco de novos surtos do vírus da Influenza aviária entre novembro e março. Tal razão cria a expectativa de mais episódios nos próximos meses, após os casos registrados na Ásia, África e Europa.
"Como esse país não está em condições de eliminar o vírus das populações de aves domésticas sacrificando-as, a vacinação ajuda a rebaixar a pressão do vírus e reduzir a exposição humana", manifestou Sophie von Dobschuetz. No entanto, explicou que essa medida não evita que as aves sejam infectadas mas, ao menos assim, não adoecem e o risco de contágio diminui.-Agencia EFE. Em 2013, na China começou-se a detectar, pela primeira vez, casos de pessoas contagiadas pelo virus H7N9, capaz de causar doenças graves nos seres humanos. A maioria dessas pessoas havia visitado mercados de aves vivas ou tido contato com aves infectadas.
Segundo os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos quatro anos, foram confirmados 1.564 casos de infecções humanas pelo H7N9 em todo o mundo, incluídas ao menos 612 mortes. Outro tipo de vírus da Influenza aviária altamente patógeno, o H5N1, foi detectado desde 2003 em 860 pessoas, das quais 454 faleceram em 16 países, principalmente Egito e Indonésia.
Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), as cepas do H7N9, que voltaram a ser endêmicas na China, e do H5N1, em algumas partes dos continentes asiático e africano representam os "riscos mais significativos para a saúde pública". Também na Coreia do Sul foi registrado um surto altamente patógeno de Influenza aviária, o que levou ao sacrifício de milhões de aves.
Para isso é necessário extremar a vigilância, investigar os casos suspeitos com provas de laboratório, notificar os surtos a tempo, ou manter as aves em espaços fechados para protegê-las do contato com as aves selvagens, foram outras de suas recomendações.
Cabe lembrar que, até agora, o vírus não foi transmitido entre humanos, somente a quem se expôs ao entrar em contato direto com aves infectadas. Além disso, o consumo de carne de ave bem cozida é seguro.