As lesões orais são particularmente prevalentes em poedeiras e reprodutoras, podendo ter sua origem em diferentes agentes etiológicos.
As micotoxinas alcalinas, como os tricotecenos tipo A podem produzir lesões em eptélios e aumentar a velocidade de renovação celular (ver tabela à direita).
Outro fator relacionado com o alimento é a granulometria, pois as partículas pequenas podem obstruir os ductos salivares produzindo subsequentes lesões orais.
Outros fatores frequentemente ignorados são, por exemplo:
Excesso de ácidos orgânicos
Sulfato de cobre
Mal funcionamento dos dosificadores
Que podem ser causa de picos de concentração de metionina e outros componentes do alimento, que acabam provocando lesões deste tipo.
MICOTOXINAS: Toxina T-2 ou Diacetoxiscirpenol (DAS)
Causas potenciais
Amostras positiva a T-2 e/ou DAS nos ingredientes (ELISA) ou na ração (HPLC).
Histopatologia: Proliferação de células epteliais. Vacuolação hepática.
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Queda dos índices produtivos do lote.
Ações corretivas
Revisar os níveis médios de contaminação.
Usar aditivo antimicotoxinas em dosagem adequada.
Evitar a contaminação de silos e linhas de bebedouros/pratos com alimento rançoso, úmido ou mofado.
GRANULOMETRIA DO ALIMENTO
Causas potenciais
Ração em pellets: >20% de finos.
Ração farelada: Checar o diâmetro geométrico médio da partícula.
Histopatologia: Presença de células inflamatórias e bactérias.
Sem queda dos índices produtivos do lote.
Ações corretivas
Reajustar o processo de peletização.
Aumentar o tamanho da peneira.
Usar ligantes no pellet
para melhorar sua qualidade.
METIONINA LÍQUIDA
Causas potenciais
Gotejamento do injetor de metionina no tanque de preparação da mistura.
Histopatologia: Infiltração de células inflamatórias. Lesões necróticas.
Sem queda dos índices produtivos do lote.
Ações corretivas
Limpar/substituir os injetores.
ÁCIDOS ORGÂNICOS
Causas potenciais
Gotejamento do injetor de ácidos no tanque de preparação da misturadora.
Histopatologia: Infiltração de células inflamatórias. Lesões necróticas.
Sem queda dos índices produtivos do lote.
Ações corretivas
Limpar/substituir os injetores.
Ajustar a dosificação de ácidos orgânicos.
ELEVADAS TEMPERATURAS
Causas potenciais
Histopatologia: Infiltração de células inflamatórias. Lesões necróticas.
Possível queda dos índices produtivos do lote.
Mortalidade aumentada.
Ações corretivas
Fornecer vitaminas com a água.
Fornecer ácidos orgânicos com a água.
Aumentar a concentração do cloro na água.
SULFATO DE COBRE
Revisar a concentração de CuSO4 na pre-mescla.
Revisar a concentração de CuSO4 na água.
Revisar se os sistemas de dosificação na água
funcionam corretamente (se procede).
Fornecer vitaminas do grupo B e K3 com a água.
Ajuste correto do sistema de dosificação da água.
MICOTOXICOSE NA GRANJA
Ainda que seja difícil de diagnosticar, o início de uma micotoxicose na granja geralmente associa-se a um novo lote de ração.
Uma análise de micotoxinas na ração por cromatografia líquida de alta pressão (HPLC) ou nos ingredientes (mediante ELISA ou HPLC) é obrigatória se há suspeita do problema.
Esta fornecerá informação valiosa que pode somar-se à coleta através das observações clínicas e necropsias realizadas.
Se outras doenças são consideradas, é necessário recorrer à histopatologia, culturas virais e bacterianas, e sorologias.
De forma bastante frequente, os efeitos das micotoxinas nos animais são subclínicos e, portanto, são passados por alto pelos técnicos de campo.
Se já há perdas econômicas com uma micotoxicose subclínica, estas escalam, de forma considerável, quando se observam sintomas clínicos.
Entre estes, incluem-se não só a perda do potencial genético dos animais, como também a custa do tratamento dos sintomas e doenças subjacentes.
A prevenção pode ser realizada através do uso de uma ferramenta adequada para a gestão do risco de micotoxicose, que adsorve e/ou biotransforma as micotoxinas, eliminando assim seus efeitos nocivos sobre os animais, ao mesmo tempo que garante a salvaguarda da função hepática e imunológica.
MAL EMPENAMENTO / PERDA DE PENAS
Nas aves de produção, as penas são fundamentais na proteção e isolamento do corpo. Embora a muda seja um processo natural que se dá em poedeiras maduras após a finalização de um ciclo de postura, a perda de penas ou a deterioração da plumagem pode ser indicativo de outros problemas na granja.
Os problemas relacionados com as penas na avicultura podem ser divididos em dois grupos:
Problemas em seu desenvolvimento (da formação de penas), muitas vezes relacionados com a nutrição ou com a presença de micotoxinas.
Problemas por aves que arrancam as penas (bicagem de penas), relacionados com o manejo.
Em cada caso é básico compreender as bases subjacentes do problema para que se possa solucionar adequadamente. Muitas vezes a bicagem também pode ser desencadeada pela ingestão inadequada de nutrientes.
Devido ao alto conteúdo de proteínas nas penas, níveis elevados de proteína na dieta podem fomentar um desenvolvimento mais rápido e desprendimento das mesmas.
Um desequilíbrio de aminoácidos na ração, particularmente de aminoácidos com enxofre (cisteína e metionina) pode ser causa de anomalias nas plumas e/ou de sua aparência áspera.
O efeito dermotóxico das micotoxinas tricotecênicas, como a toxina T-2 entre outras, também pode contribuir para uma baixa qualidade das plumas junto a outros efeitos negativos.
Em geral, a perda excessiva de penas ou a deterioração das penas afeta negativamente os índices de conversão, já que as aves têm que destinar mais energia da dieta ou compensar a maior perda de calor.
MICOTOXICOSE
Quanto às micotoxinas, a prevenção pode ser feita a partir do uso de uma ferramenta adequada para a gestão do risco por micotoxinas, que as adsorva e/ou biotransforme, eliminando assim seus efeitos tóxicos sobre os animais, garantindo ao mesmo tempo uma proteção hepática e imunológica
TEMPERATURA DA GRANJA
Causas potenciais
Temperatura da granja.
Umidade da granja.
Sistema de ventilação.
Ações corretivas
Melhorar o manejo da granja.
Corrigir temperatura, ventilação e umidade segundo os manuais de manejo.