11 abr 2024

Imunocompetência e integridade estrutural em destaque no 24º SBSA

Doutor em Imunologia Veterinária, Breno Castello Branco Beirão e doutora em Laticínios e Ciências Nutricionais, Mercedes Vazquez-Añon integraram o Bloco Abatedouro e Nutrição

Imunocompetência e integridade estrutural em destaque no 24º SBSA

A imunocompetência nas fases iniciais e sua relação com a nutrição foi abordada no 24º Simpósio Brasil Sul de Avicultura (SBSA) pelo doutor em Imunologia Veterinária, Breno Castello Branco Beirão. A palestra integrou o Bloco Abatedouro e Nutrição nesta quarta-feira (10). O 24º SBSA, evento promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e Zootecnistas (Nucleovet), segue até esta quinta-feira (11), com diversos debates atuais e relevantes da cadeia avícola.

O médico veterinário iniciou sua explanação destacando como os estudos sobre a imunocompetência ainda são pouco experimentais, mais voltados à teoria, por conta da carência de estrutura necessária para ajustes tão precisos quanto os indicados. No entanto, Beirão evidenciou que ainda há muitas ferramentas da nutrição que podem ser usadas no sentido de melhorar a resposta imune dos animais nos primeiros dias de vida.

“A fase inicial é um período determinante pois, os animais estão concluindo a maturação imune e passando por elevado crescimento. Nesse momento, qualquer equívoco pode prejudicar toda a vida do animal”, explicou.

Para garantir a saúde das aves, o especialista apontou como estratégia a suplementação e formulação de dietas com a introdução de vitaminas compreendidas, atualmente, como essenciais para a imunonutrição. “A resposta imune da Vitamina A é, por si só, anti-inflamatória. Essa vitamina e seus derivados podem desenvolver a resposta imune intestinal dos animais de modo que possam neutralizar patogênicos muito antes de suas invasões”.

O nível de recomendação da introdução de vitaminas na imunonutrição aumentou drasticamente ao passar dos anos, segundo Beirão. “A utilização foi ganhando reconhecimento à medida que impactou a produtividade e a genética. Mas cada empresa, organização, têm suas necessidades, e uma resposta pode ser bem estabelecida em alguns casos e menos em outros. Por isso, é crucial avaliar como os aditivos dietéticos interagem com cada condição de campo”, concluiu o especialista.

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Novos desafios relacionados à integridade estrutural em aves e intervenções nutricionais foram evidenciados pela doutora em Laticínios e Ciências Nutricionais, Mercedes Vazquez-Añon. A diretora de iniciativas estratégicas e colaboração de contas da Novus International destacou os quatro principais cenários de desafios estruturais: saúde da pele; miopatia muscular; saúde óssea e saúde intestinal.

As pesquisas apresentadas por Mercedes revelaram, principalmente, que os minerais traços possuem potencial para amenizar os quatro cenários. No que tange a saúde da pele, os “microminerais têm poder de acelerar o processo de cicatrização, melhorar a integridade da pele e reduzir perdas de carcaça”.

“Nesse caso, as intervenções dos minerais traços e de moléculas antioxidantes podem melhorar o mecanismo de defesa imunológica e antioxidante, potencializar a vascularização e a regeneração dos tecidos, além de aumentar a quantidade total de carne produzida, ao mesmo tempo em que eleva o bem-estar animal”.

Com respeito a saúde óssea, foram identificados alguns problemas emergentes ligados à processos infeciosos por bactérias do gênero Enterococcus, os quais causam condronecrose e oesteomielite, responsáveis por grandes perdas financeiras na indústria animal. “Possíveis soluções para esse desafio incluem a melhora da integridade intestinal para reduzir a entrada de patógenos, o desenvolvimento de esqueleto iniciado na alimentação da matriz reprodutora e a introdução de minerais traços na alimentação, modelando o metabolismo ósseo e aumentando a síntese óssea e cartilaginosa”, salientou Mercedes.

As conclusões encontradas nas pesquisas evidenciaram que programas de intervenção nutricional com inclusão de microminerais têm grande potencial de melhorar a saúde intestinal, o estado oxidativo, o desenvolvimento muscular, do esqueleto e da derme. “Tudo isso está relacionado e gera, por consequência, a melhora na defesa imunológica, o aumento de produtividade e a redução de perdas financeiras”, finalizou Mercedes.

Fonte: Assessoria de Imprensa Nucleovet

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