incubaFÓRUM estreia edição independente com painel de líderes das maiores agroindústrias

A iniciativa é do Grupo agriNews — editor das revistas aviNews Brasil, suínoBrasil e nutriNews Brasil — que há anos promove o incubaFÓRUM em países da Europa, América Latina e América do Norte. Esta foi a quarta edição do evento no Brasil, mas a primeira realizada de forma autônoma.

“O público da incubação é um público órfão de debates específicos voltados para o setor. Nosso público é qualificadíssimo, é gente que trabalha e atua no setor. Por isso, essa é uma entrega que faz sentido. Não é mais um evento — é um espaço construído para quem vive o dia a dia dos incubatórios”, afirmou Priscila Beck, diretora de comunicação do Grupo no Brasil.

incubaFÓRUM estreia edição independente com painel de líderes das maiores agroindústrias

O CEO do Grupo, Luís Carrasco, reforçou o posicionamento global da iniciativa e destacou a relevância do Brasil no cenário avícola. “Este evento está aqui para reconhecer o trabalho dos incubatórios, das pessoas que trabalham nas matrizes. São vocês que garantem que as empresas tenham frango para vender. Esse é o nosso objetivo: ajudá-los a produzir melhor e valorizar o que vocês fazem.”

O ponto alto do primeiro dia foi o painel executivo, conduzido por Mario Sérgio Assayag, diretor corporativo de produção agropecuária da JBS Seara. “O incubatório é peça-chave dentro da engrenagem da produção de carne de frango. Só no primeiro trimestre deste ano, produzimos 1,78 bilhão de pintinhos. Todos que estão aqui têm papel direto nesse resultado. Trabalhando juntos, somos mais fortes e garantimos resultados para toda a cadeia”, destacou.

Durante o painel, os líderes compartilharam desafios técnicos, estratégias operacionais e perspectivas para o futuro da incubação no Brasil. Para Mauricio Mazurek, do Grupo Pluma, o foco está cada vez mais na qualidade sanitária e ambiental do processo: “Nosso foco está muito relacionado à mortalidade embrionária. O futuro nos obriga a atingir excelência ambiental nos incubatórios, com máquinas de estágio único, climatização perfeita e gestão precisa. Só com um bom pintinho vamos alcançar metas como a redução do uso de antibióticos.”

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Já Reni Girardi, da C.Vale, defendeu que a automação deve fazer parte da concepção estrutural das unidades: “A automação não é mais uma escolha. Ou automatizamos, ou teremos dificuldade para manter a operação funcionando. Planejar um incubatório hoje é planejar com automação desde o início — mesmo que a execução seja por etapas.”

Cesar Assman, da GTFoods, abordou o impacto direto da tecnologia sobre o desempenho zootécnico: “A tecnologia é uma necessidade cada vez mais presente, inclusive na sexagem. Hoje, manter pessoas 7 dias por semana fazendo esse trabalho com atenção total é um desafio. A automação virá para isso — para mantermos indicadores técnicos cada vez melhores sem perder a sanidade e o desempenho que fazem da avicultura brasileira uma referência mundial.”

A programação técnica do primeiro dia ainda contou com dois blocos temáticos: “Tecnologia e Automação” e “Bem-estar e Sustentabilidade”. Os conteúdos completos desses painéis serão publicados em reportagens específicas nos próximos dias.

• Em 2026, o incubaFÓRUM retorna ao SIAVS, no Anhembi (SP), e já há planos para uma nova edição ampliada em Maringá, prevista para maio de 2027.