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A redução de peso pelo jejum ocorre em dois momentos e por razões distintas.
Entre as cinco e seis horas após a retirada da ração, 80% a 85% da redução do peso a que está sujeita a ave é causada pelo esvaziamento do trato gastrointestinal, o que foge ao controle da empresa.
Desse ponto até o abate, a redução de peso é causada pela soma de diferentes processos fisiológicos vinculados ao esforço da ave para se manter viva, tais como:
- o consumo do glicogênio existente no fígado no início do jejum;
- a desidratação sofrida pela ave pelo esforço em manter o equilíbrio ácido-base do organismo;
- a perda de eletrólitos, pois a ave, sem comer, excreta sódio e potássio para manter o equilíbrio ácido-base;
- o uso da gordura corporal (energia) e a perda muscular sofrida pela ave, cujos reflexos no peso corporal e conversão alimentar agravam ainda mais a perda econômica.
Sendo a intensidade desses processos fisiológicos diretamente proporcional ao tempo que transcorre até o abate, é possível atenuar suas consequências através do monitoramento do processo e da adoção de medidas preventivas e/ou corretivas.
Outro importante parâmetro que contribui para a redução de peso no jejum, que se soma ao anteriormente mencionado, é a condição ambiental durante a apanha, transporte e espera na planta, pois quanto mais alta a temperatura a que está exposta a ave, maior a redução de peso (Gráfico 1). Da mesma maneira, a redução de peso é influenciada pelo sexo, peso vivo e o padrão de alimentação das aves vivas durante a engorda.
Como vimos, a redução de peso no jejum tem origem multifatorial e é um poderoso adversário econômico da empresa avícola. Todavia, se conhecemos e trabalhamos suas várias causas, é plenamente possível mantê-la sob controle e, assim, atenuar seus efeitos.