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Kemin aborda ferramenta de controle da enterite necrótica na avicultura

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A enterite necrótica, causada pelo Clostridium perfringens, tem o potencial de impactar grandemente a produção avícola. Estima-se que a enterite necrótica seja responsável por perdas de até $6 bilhões anualmente. Isso porque nem sempre é fácil de identificar esta doença no plantel, que se apresenta basicamente em duas formas diferentes: clínica ou subclínica.

Gisele Neri

A forma subclínica da enterite necrótica provoca altas perdas econômicas devido à redução da produtividade animal. Essa redução é provocada pela pior digestão e absorção da ração, que leva, consequentemente a um aumento da conversão alimentar. Isso acontece basicamente porque o Clostridium perfringens provoca redução da saúde intestinal, piora da qualidade da mucosa intestinal e diarreia.

Mas, de onde vem o Clostridium perfringens? Esta é uma bactéria de ocorrência natural no intestino das aves, Gram positiva, anaeróbia, esporulada e toxigênica. Mas isso não significa que toda ave tem a enterite necrótica, pois a simples presença do Clostridium perfringens não é suficiente para desenvolvimento da enterite necrótica. São necessários fatores que colaborem para a proliferação exagerada dessas bactérias para que ave finalmente apresente sintomas da doença. Os fatores ambientais, tais como densidade populacional e qualidade da cama têm grande importância na multiplicação da bactéria, além do uso de determinados ingredientes da ração contaminados e a presença de coccidiose.

A enterite necrótica caracteriza-se por lesões e necrose na mucosa intestinal afetando principalmente animais jovens, entre duas e seis semanas de idade. Normalmente ocorre na forma de surtos caracterizados por depressão, penas eriçadas, fezes moles, amontoamento, anorexia e, frequentemente, alta mortalidade.

Kelen Zavarize

Recomenda-se que sejam realizadas ações preventivas para evitar o aparecimento da enterite necrótica. O uso de tecnologias capazes de controlar o Clostridium perfringens é uma excelente alternativa. Existem produtos capazes de fazer isso via ração e também via água. Adicionalmente, o uso de probióticos para a manutenção da flora intestinal é essencial para prevenir a enterite necrótica.

Os probióticos são aditivos alimentares compostos por microrganismos vivos que beneficiam a saúde do hospedeiro, equilibrando a microbiota intestinal, melhorando o consumo de ração, digestão e absorção dos nutrientes. Os probióticos agem no sistema imune (imunomodulação), fazem a exclusão competitiva e secretam compostos antimicrobianos que suprimem o crescimento de bactérias nocivas.

Portanto, atualmente o uso de probióticos vem sendo utilizado como ferramenta para o combate da enterite necrótica e para o uso consciente de antibióticos. O Bacillus subtilis PB6 é uma cepa isolada de intestino de frangos saudáveis que demonstrou produzir substâncias antimicrobianas, com ampla atividade contra várias cepas de Clostridium spp, mantendo a integridade das vilosidades, e consequentemente melhorando o desempenho animal.

Diversos estudos demonstram o modo de ação benéfico do Bacillus subtilis PB6 para aves. Esta cepa secreta surfactinas e outros metabólitos secundários, com propriedade antimicrobiana, específicas contra bactérias gram-negativas e gram-positivas, que são potencialmente patogênicas para humanos e animais. Em termos de espectro antimicrobiano foi demostrado in vitro o poder inibitório para cepa de C. perfringens relacionada à enterite necrótica conforme Figura 1.

Bacillus subtilis PB6 provou ser eficaz para a saúde das aves reduzindo a quantidade de Clostridium perfringens e melhorando o escore de lesão em frangos de corte (Figura 2). Ao mesmo tempo que suprime o Clostridium perfringens, também promove o aumento das bactérias benéficas, como o Lactobacillus spp. e Bifidobacterium spp. promovendo um equilíbrio saudável do microbioma intestinal das aves (Figura 3).

A suplementação com Bacillus subtilis PB6 é eficaz no controle da enterite necrótica em aves mantendo o equilíbrio microbiano benéfico do intestino, enquanto otimiza o desempenho. Além de ser uma ferramenta importante para o uso racional dos antibióticos.

Fonte: Agronotícia

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