O preço da saca da soja chegou a patamares antes inimagináveis no Brasil e no mundo. Após flertar com os R$ 200, a oleaginosa abriu a semana de 09 de novembro nas casas de R$160 e R$ 170, dependendo da praça. O farelo de soja, que em setembro de 2019 estava R$ 1.230 a tonelada bateu R$2.040 na praça de São Paulo em outubro, de acordo com dados da Abiove, a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais. O milho no mesmo ritmo, comercializado em 9 de novembro a R$ 70 a saca na praça de Cascavel, no Oeste do Paraná.
Como a dieta a base desses grãos representa aproximadamente 70% dos custos de produção de aves e suínos, não tem jeito: ou o produtor melhora a performance do frango e do suíno através de manejo nutricional, ou utiliza ferramentas para reduzir o custo da ração, ou vai perder dinheiro.
Para os frangos, a nutrição teve um aumento de 23,3% no ano e representa atualmente 72,5% dos custos totais da produção. E para os suínos, esse aumento foi de 21,6% em 2020 e representa quase 79% dos custos totais de produção, segundo dados de setembro da Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa.
Exportações do complexo soja em alta
De acordo com a Abiove, até o mês de agosto o Brasil já havia exportado 75 mil toneladas do complexo soja, mais do que o total nos 12 meses de 2019. O grande impulsionador desse número são as exportações de soja grãopara a China. Somente de farelo de soja, item de grande importância e impacto para a nutrição animal, houve um aumento de quase 7% no período entre janeiro e agosto de 2019 e janeiro e agosto de 2020.
Por conta disso, indústrias locais estão disputando o pouco volume de soja disponível, que oferecem preços acima dos da paridade de exportação para conseguir efetuar a compra e manter o abastecimento. “A indústria já sinalizou não ter um estoque longo, o que deixa avicultores e suinocultores em alerta quanto ao consumo de farelo de soja no primeiro bimestre de 2021, especialmente diante da possibilidade do atraso da colheita da safra 2020/21, devido ao atual semeio tardio”, aponta a Abiove.
O impacto é tão grande que já levou a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) a solicitar apoio do governo federal, através do envio de um pleito para a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Teresa Cristina. Foi solicitada intervenção federal no abastecimento de grãos. José Eduardo dos Santos, presidente executivo da Associação Gaúcha de Avicultura justifica pelo “custo elevadíssimo de produção devido ao farelo de soja e o milho”.
Estratégias para reduzir o impacto dos custos elevados
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A zootecnista e coordenadora de Produtos para Monogástricos da Kemin na América do Sul, Gisele Neri, explica que “a Peste Suína Africana na China e na Europa e mais recentemente a pandemia do novo coronavírus alteraram a dinâmica dos mercados domésticos e do mercado internacional de carnes”. Para ela, uma alternativa é “turbinar” a performance do plantel através do uso de produtos capazes de melhorar a absorção dos nutrientes na ração.
O Lysoforte eXtend é uma ferramenta de ação direta na digestão e absorçãode gorduras, óleos e nutrientes importantes da ração animal. Composto por lisofosfolipídeos, monoglicerídeos e uma pequena porção de emulsificante sintético, que irão atuar e potencializar as etapas de emulsificação, hidrólise e absorção. No processo de digestão de gorduras e óleos primeiramente ocorre a quebra de partículas grandes de gorduras em gotículas de gorduras menores. As gotículas de gordura se solubilizam no meio, no processo conhecido com emulsificação. Depois disso, existe a ação da lipase para que aconteça a quebra da gordura em ácidos graxos, processo conhecido como hidrólise. Após a hidrólise acontece a formação das micelas e, finalmente, a absorção.
A zootecnista afirma que, no caso de óleos e gorduras, o tamanho das micelas tem implicação direta na absorção. Quanto menor o tamanho das micelas, maior a absorção e o aproveitamento pelo animal.“Existem duas estratégias possíveis para o cliente que opta por utilizar o Lysoforte: “on top” ou reformulação com a matriz nutricional. O uso “on top” tem a capacidade de entregar uma performance superior devido ao aumento da absorção dos nutrientes e aproveitamento otimizado da energia da dieta. Já a reformulação permite ao produtor uma redução dos custos da dieta, com manutenção dos parâmetros de performance”, diz a especialista.
Neri reforça que o Lysoforte eXtend está na terceira geração, e é o único capaz de atuar em todas as três etapas da digestão de gorduras e óleos: emulsificação, hidrólise e absorção. “O Lysoforte melhora o aproveitamento dos nutrientes que já estão na dieta, aumenta a digestibilidade, melhora o uso da energia, especialmente provinda do uso da gordura, pois além de atuar na emulsificação das gorduras, atua também nas etapas posteriores, até a absorção pelo animal”.