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Manter o atual status sanitário, equilíbrio nos custos de produção e sustentabilidade serão decisivos para a avicultura brasileira em 2025

Escrito por: Paulo Teixeira - Vice-presidente da Linha de Negócios de Saúde e Nutrição Animal da Evonik
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Manter o atual status sanitário, equilíbrio nos custos de produção e sustentabilidade serão decisivos para a avicultura brasileira em 2025

Bom nível de emprego no Brasil e exportações aquecem a demanda pelo frango brasileiro, que terá oportunidades importantes de expansão global diante dos desafios sanitários nos Estados Unidos e em países da União Europeia

Podemos dizer que este ano foi positivo para a avicultura brasileira e as perspectivas são otimistas para 2025. O setor mostrou mais uma vez resiliência frente aos desafios impostos em 2024 e saiu fortalecido. As enchentes no Rio Grande do Sul, o caso isolado de Doença de Newcastle no mesmo estado e os focos de Influenza Aviária em aves silvestres preocuparam. No entanto, o setor se uniu e as exportações brasileiras de carne de frango se recuperaram, seguem fortes e tiveram crescimento ao longo do ano.

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Para se ter uma ideia, a Associação Brasileira de Proteína Animal, a ABPA, anunciou alta de 22,1% nas exportações de carne de frango no mês de setembro na comparação com o mesmo período do ano anterior. Foi o segundo melhor desempenho da história, com embarques da ordem de 485 mil toneladas no mês e receita de US$ 953,8 milhões. Para a postura comercial, houve oscilações nos preços pagos ao produtor, mas ainda assim em patamares de rentabilidade.

Este aquecimento da avicultura teve impacto positivo para o setor de aditivos nutricionais. Diante deste cenário, o foco esteve no aumento da produção para atender a demanda que segue forte impactada pelo aumento das exportações e também pelo mercado interno, que vem registrando melhorias na taxa de emprego, além de ser a carne de frango uma das proteínas preferidas do brasileiro com custo acessível e fácil de preparar.

Manter o atual status sanitário, equilíbrio nos custos de produção e sustentabilidade serão decisivos para a avicultura brasileira em 2025

Para o próximo ano, o setor deve estar atento a três fatores cruciais: a manutenção do nosso status sanitário, manter um bom patamar dos custos de produção e uma produção cada vez mais sustentável. Manter o nosso status sanitário é importante para manter nossos mercados externos e abrir novas regiões. Este é um campo de grandes oportunidades para o Brasil, considerando os desafios sanitários enfrentados por nossos concorrentes, como os Estados Unidos e países da União Europeia, que enfrentam surtos de Influenza Aviária, Pneumovirose e outras enfermidades.

No que diz respeito aos custos, eles precisam estar equilibrados em uma atividade que trabalha com margens estreitas e também para manter a competitividade da carne de frango brasileira. Outra oportunidade que aparece é a questão da sustentabilidade. Nós precisamos manter a sustentabilidade no radar das empresas do setor, principalmente para as exportadoras, pois vemos com crescente preocupação as frequentes pressões externas e ameaças de imposição de barreiras não comerciais em função do aspecto ambiental, especialmente falando-se da União Europeia.

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No campo da produção, ela deve seguir aquecida, impulsionada pelas demandas externa e interna, com impacto positivo para o setor de aditivos nutricionais, principalmente aqueles focados no aumento da produtividade. Isso porque o setor continua com sua busca incessante de produzir cada vez mais carne e ovos com custo acessível, com práticas que preservam o meio ambiente e o bem-estar animal.

Por estas razões, somos otimistas com as expectativas para a avicultura. O setor sempre mostra resiliência e recuperação rápida diante dos desafios. Assim, vale ressaltar a importância do papel e do trabalho eficiente das nossas equipes de defesa sanitária, nas esferas estaduais e nacional, e das associações que representam o setor para manter a avicultura brasileira neste patamar atual, de maior exportadora mundial de carne de frango e segunda maior produtora do mundo.

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