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Falta de mão de obra na indústria avícola

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Conteúdo disponível em: Español (Espanhol)

A atual escassez de mão de obra só tende a aumentar e o grande desafio da indústria avícola é manter sua efetividade, competitividade e rentabilidade.

INTRODUÇÃO

Trabalhar na indústria avícola sempre foi um desafio, pois o trabalho no setor é classificado de forma geral como 3D: sujo, exigente e perigoso (do inglês, dirty, demanding e dangerous). No passado, a maioria dos imigrantes com baixa escolaridade trabalhava em abatedouros, pois eles tinham menos opções de melhores empregos.

Atualmente, porém, a taxa de desemprego nos EUA, por exemplo, está caindo, e a oferta de trabalhadores imigrantes está diminuindo devido a fatores econômicos e políticos. Ao mesmo tempo, o nível de educação de novos imigrantes está aumentando, fazendo com que fiquem menos propensos a trabalhar na indústria avícola. Nos EUA, o caráter 3D dos trabalhos leva à alta rotatividade: cerca de 58% dos trabalhadores deixam o emprego em menos de 90 dias; outros 28%, entre 90 e 180 dias; e apenas 14% permanecem por mais de 180 dias.

Com base nessas circunstâncias, os empregadores provavelmente não estarão propensos a investir tempo e dinheiro em treinamento, e os funcionários talvez não se interessem de fato por receber esse treinamento. Estima-se que o absenteísmo e a alta rotatividade acresçam 4% aos custos de processamento. Ao mesmo tempo, o negócio avícola está crescendo rapidamente devido à crescente demanda mundial por proteína e ao sucesso das aves como fonte desse nutriente.

MÃO DE OBRA INTELIGENTE: REDUÇÃO DE MÃO DE OBRA

Ao longo de sua história, a Meyn tem se dedicado a ajudar no processamento de aves de nossos clientes de maneira mais econômica por meio de:
Aumento da automatização, eficácia, eficiência e velocidade
Diminuição do tempo de inatividade e manutenção
Soluções de TI, que permitem ao cliente maximizar o valor  da produção
Serviços da Meyn (treinamento de equipes de manutenção e produção)
Pesquisas tecnológicas da Meyn

Grandes reduções na força de trabalho necessária foram conquistadas no passado por meio da automatização da evisceração, do rependuramento, do corte e da desossa.

Exemplos de reduções recentes:

Melhoria dos container EVO para aves vivas, fixação mais rápida das aves nos ganchos após o CAS, processamento em alta velocidade (por exemplo, reduzindo o tempo de limpeza e a taxa de força de trabalho por x aves), classificação automatizada de  pés, classificação automatizada de aves, eletroestimulação, que reduz o manuseio (armazenamento intermediário), separação de miúdos pela MAGS em vez da Sematic, WLD – desossa de perna inteira, TDS – desossa de sobrecoxa.

Principais reduções atuais:

 

Descarregamento automatizado de caminhões

Resfriamento a ar ou por pulverização

Desossa de peito Rapid Plus

* Para clientes que atualmente aplicam resfriamento por imersão: troca para resfriamento por pulverização

MANEJO DE AVES VIVAS: DESCARREGAMENTO AUTOMATIZADO DE CAMINHÕES

 

Geralmente, as aves vivas são transportadas por caminhão  e colocadas em caixas ou containers de aço inoxidável. Normalmente, um caminhão transporta 22 módulos  com, por exemplo, 312 aves grandes por módulo, totalizando 6.880 aves por caminhão. Uma linha de 15.000 aves / hora requer 15.000 / 6.880 = 2,18 caminhões.

Em uma fábrica que trabalha em dois turnos (16 h), o volume diário é de 16 x 2,18 = 34,9 caminhões. Ao fazer o descarregamento com o sistema automatizado da Meyn, obtêm-se dois benefícios na redução de funcionários em tempo integral:

1. Descarregamento e carregamento mais rápidos

O descarregamento, a limpeza e o carregamento automatizados (com módulos vazios) são muito mais rápidos; o caminhão retorna à estrada em meia hora, em vez de duas horas e meia. Isso significa que um caminhão pode fazer (em média) 2,8 viagens/dia, em vez de 2,2 viagens / dia. O resultado: uma fábrica precisa de apenas 34,9 / 2,8 = 12,46 caminhões, em vez de 15,9 caminhões, uma economia de 3,44 caminhões. Em relação à quantidade de funcionários, isso economiza 3,44 motoristas por turno, ou seja, 6.88 funcionários em 2 turnos.

2. Carregamento e descarregamento sem uso de empilhadeiras

Para alimentar uma linha de 15.000 aves / hora, são necessários um operador de empilhadeira para descarregar os módulos cheios e outro para carregar os módulos vazios. No caso de descarregamento automático (supervisionado pelo operador), são necessários 2 funcionários a menos por turno, ou seja, 4 funcionários a menos em 2 turnos.

No total, o descarregamento automático em uma linha de 15.000 aves/hora de 2 turnos economiza 6,88 + 4 = 10.88 funcionários em tempo integral.

É claro que o benefício da automatização não está apenas na redução de mão de obra:

Uma frota de caminhões reduzida significa menor custo de investimento
Não precisar usar empilhadeiras significa um ambiente de trabalho muito mais seguro

 

RESFRIAMENTO

Ao usar o resfriamento a ar ou por pulverização, as aves são automaticamente transferidas da linha de evisceração para a linha de resfriamento e depois vão para a linha de distribuição.

Com o resfriamento por imersão, as aves evisceradas são deixadas no resfriador por imersão e, dali, são manualmente rependuradas. A economia de mão de obra é apenas uma das questões a serem levadas em conta ao escolher entre  resfriamento a água e por pulverização.

Rastreabilidade

A finalidade da rastreabilidade é permitir que o abatedouro:

Vincule a saída (produtos cortados e desossados) à entrada (lotes vindos do produtor), respondendo à pergunta: Qual granja produziu a ave X?

Vincule a entrada à saída, respondendo à pergunta: Como determinar para onde todas as aves (do produtor Y) vão??

Resfriamento a ar

Ao usar o resfriamento a ar, os lotes permanecem separados e na mesma sequência, dando uma base para o rastreamento completo.

Resfriamento por imersão

Como o tempo de permanência em um resfriador por imersão é variável, não é possível ter uma separação segura nos lotes.

Água retida

Após a imersão, as aves retêm cerca de 4 a 10% da água resfriada; boa parte desse peso ganho é perdida durante o corte e a desossa. Após o resfriamento por pulverização, a mudança de peso é constante, próxima a 0%.

A escolha entre produto resfriado a água em comparação ao produto resfriado por pulverização continua sendo uma questão de hábito e de preferência do cliente.

Força de trabalho necessária

Em uma linha de resfriamento a ar, as aves são rependuradas  automaticamente da evisceração para o resfriamento e da linha de resfriamento para a linha de distribuição, o que não requer mão de obra. Em um resfriador por imersão, as aves são retiradas da água e depois devem ser rependuradas manualmente na linha de distribuição.

Normalmente, uma pessoa consegue pendurar 2.000 aves por hora. Portanto, em uma linha de 15.000 aves/hora, são necessários 7,5 funcionários por turno; ou seja, em uma operação de 2 turnos, é possível ter 2 x 7.5 = 15 funcionários a menos.

DESOSSA DE PEITO

A desossa de peito pode ser feita manual ou automaticamente. No processo manual, o trabalhador geralmente posiciona o front half em um cone. Se ele for habilidoso, estiver motivado e não muito cansado, o trabalho pode ser feito com alta precisão e rendimento. Se uma dessas condições não for cumprida, a qualidade e a quantidade da saída serão muito menores.

Também é preciso ressaltar que trabalhar com facas nunca é totalmente seguro, podendo levar a LER; além disso, muitos trabalhadores podem achar a desossa manual entediante.

Força de trabalho necessária

A quantidade de trabalhadores depende muito do resultado de corte exigido e das habilidades dos trabalhadores. Por  exemplo:

Manual

A desossa/corte demora cerca de 21 segundos por peito, de modo que um trabalhador normalmente consegue produzir em torno de 170 peitos por hora. A desossa de  15.000 peitos por hora normalmente exigirá 15.000 / 170 = 88,2 trabalhadores. Com 2 turnos, são necessários 2 x 88,2 = 176,5 funcionários.

Automatizado

A desossa com uma Rapid Plus M 4.1 com produção de 7.000 peitos/h requer: São necessários 3 trabalhadores para carregar manualmente os peitos nos transportadores de produto e 7 trabalhadores (dependendo dos requisitos do produto) para realizar o corte, ou seja, são 10 funcionários para 7.000 peitos/h. Para uma capacidade de 15.000 peitos/h, são necessários 15.000 / 7.000 x 10 = 21,4 funcionários.

Para 2 turnos, são necessários 2 * 21,4 = 42,8 funcionários.

Neste cenário (15.000 aves/hora e 2 turnos), a automatização da Rapid Plus M 4.1 reduz a quantidade de mão de obra necessária de 176,5 para 42,8 funcionários, resultando em uma economia bastante significativa de 134 funcionários.

O negócio avícola tem se desenvolvido rapidamente desde que começou a operar em escala industrial, há cerca de 50 anos. Quando alguns desafios são superados, novos desafios surgem e as exigências de qualidade, velocidade, rendimento, higiene e segurança do trabalhador ficam cada vez mais complexas.

Nesse ramo altamente dinâmico e inovador, a Meyn continua mantendo seu papel crucial na superação desses desafios, além de oferecer suporte e soluções para seus clientes. Fazemos isso otimizando nossos processos para manter e melhorar a competitividade. E, como os exemplos acima confirmam, fazemos muito bem esse trabalho.

Com a atual escassez de mão de obra, que só tende a aumentar, a Meyn se dedica a ajudar seus clientes a manterem sua efetividade, competitividade e rentabilidade. Para fazer seu trabalho, a Meyn desenvolveu um conjunto integrado de medidas que abordam esses desafios por meio de um conceito que chamamos de Mão de Obra Inteligente, no qual tratamos os dois principais problemas, que são a redução e a melhoria da mão de obra. Você poderá ler mais sobre as soluções que fazem parte do nosso programa Mão de Obra Inteligente nas próximas edições de Meyn World.

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