Em nota divulgada na tarde desta terça-feira (29/6), a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) afirma que a medida deve beneficiar os exportadores brasileiros de carne de frango. A cota estabelecida é para importação de carne de frango de nações exportadoras extra - USMCA (acordo de livre comércio dos países da América do Norte).
México estabelece cota de 30 mil toneladas para importação de carne de frango sem tarifas
No último dia 23/6 a Secretaria de Economia do México publicou um Decreto estabelecendo uma cota de 30 mil toneladas […]
No último dia 23/6 a Secretaria de Economia do México publicou um Decreto estabelecendo uma cota de 30 mil toneladas para importação de carne de frango sem a incidência de tarifas. A iniciativa visa combater a alta de preços que, segundo o Decreto oficial, já é a mais alta dos últimos 24 anos.
A cota de 30 mil toneladas é válida para diversos cortes com ossos e desossados de carne de frango (como peito, coxa e sobrecoxa, asas e outros). Atualmente, mesmo com a aplicação de tarifas de 75%, o mercado mexicano é um importante destino do produto brasileiro, dadas as condições específicas de mercado no México neste ano de 2021.
De acordo com levantamentos da ABPA, entre janeiro e maio, o país importou 38,3 mil toneladas – volume expressivamente maior que o efetivado no mesmo período de 2020, quando foram embarcadas 2,3 mil toneladas.
“Há quase uma década temos construído uma forte parceria com o México, apoiando especialmente em momentos em que a oferta local enfrenta problemas para o abastecimento interno. Esta é uma parceria que tem dado certo, e que agora deve ganhar novo impulso, influenciando o saldo positivo das exportações brasileiras”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.
Carne mais consumida
Segundo o Decreto Estatal a carne de frango é a mais consumida pela população mexicana. Dados do INEGI (Instituto Nacional de Estatística e Geografia) demonstram que no primeiro quadrimestre de 2021, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) da carne de frango apresentou uma média de aumentos mensais de 22,65%, comparado ao mesmo período de 2020.
Os aumentos seriam os mais altos observados no país desde 1996 (janeiro 49.8%, fevereiro 56.3%, março 56.4% e abril 53.7%) e 1997 (janeiro 38.8%, fevereiro 30.7%, março 23.2% e abril 24.3%).