10 ago 2021

Milho Segunda Safra: Conab estima queda de 25,7% na produtividade

Apenas no Paraná, que na safra 19/20 produziu 5.684 kg por hectare, na atual safra deverá produzir 3.354 kg por hectare, o que representa uma queda de 41%. Acesse o conteúdo e saiba todos os detalhes divulgados pela Conab!

Apenas para a segunda safra do milho, a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima uma queda de 25,7% na produtividade com uma previsão de 4.065 quilos por hectare. O milho foi uma das culturas mais afetadas pelas condições climáticas registradas durante o ano safra 2020/2021, segundo os dados do 11º Levantamento da Safra de Grãos 2020/2021, divulgado pela Companhia nesta terça-feira (10/8).

A produção total de milho na safra 20/21 deve chegar a 86,7 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 15,5% em relação ao volume produzido na safra anterior, que foi de 102,5 milhões de toneladas. Em termos de produtividade, na safra 20/21 o Brasil deverá chegar à casa de 4.371 kg por hectare, o que representa uma queda de 21,1% comparado à safra anterior.

milho safrinha

Nos três estados que formam a região Sul do País (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), a queda da produtividade em relação ao total de milho produzido chega à casa dos 31%. Apenas no Paraná, que na safra 19/20 produziu 5.684 kg por hectare, na atual safra deverá produzir 3.354 kg por hectare, o que representa uma queda de 41%.

Santa Catarina, que na safra 19/20 produziu 8.273 kg de milho por hectare, na safra 20/21 vai produzir 5.722 kg do grão por hectare, representando uma queda de 30,8%. O Rio Grande do Sul, por sua vez, deverá apresentar uma queda de produtividade de 10,1%, saindo dos 4.973 kg de milho produzidos por hectare na safra 19/20, para 5.476 kg por hectare na safra 20/21.

Na segunda safra, a atual previsão da Conab é de que sejam produzidas 60,3 milhões de toneladas de milho, 19,6% a menos que as 75 milhões de toneladas produzidas na safra 19/20. Para o milho terceira safra, as 1,43 milhão de toneladas previstas representam uma queda de 22,4% em relação à 1,84 milhão de toneladas produzidas no mesmo período da safra anterior.

Em relação à soja, que também compõe a alimentação de aves e suínos, com a colheita encerrada, apresenta uma elevação de 11,1 milhões de toneladas na produção desta safra. Desta forma, o Brasil se mantém como maior produtor mundial da oleaginosa com uma colheita recorde de 135,9 milhões de toneladas.

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Culturas de Inverno

Dentre as culturas de inverno, o destaque ficou para o trigo. Na atual safra a expectativa é que a produção seja de 8,6 milhões de toneladas, um novo recorde para o país caso confirmada a estimativa.

Com o plantio já encerrado, o grão apresenta um expressivo crescimento na área de 15,1%, situando-se em 2,7 milhões de hectares.  Os preços elevados no mercado internacional nos últimos anos incentivaram a maior procura pelos produtores.

Aliado à valorização externa, o alto custo do milho no cenário nacional também incentivou o cultivo do trigo, por ser um possível substituto para ração animal. Caso a estimativa de colheita seja confirmada, esta será a maior produção já registrada no país.

No entanto, as condições climáticas das lavouras podem influenciar nos resultados. As consequências das geadas registradas nas principais regiões produtoras nas últimas semanas ainda serão quantificadas pela Conab.

Panorama de mercado

No âmbito do mercado externo, a Conab reduziu as previsões do volume exportado de milho e de soja. Para a oleaginosa, mesmo com o aumento da produção, foi observado ao longo do ano baixo percentual comercializado até o momento. Com isso, as exportações anteriormente estimadas em 86,69 milhões de toneladas passaram para 83,42 milhões de toneladas.

No caso do cereal, a partir dos efeitos do clima na produção e da reversão do destino de contratos de exportação para o mercado doméstico, a expectativa é de queda nas exportações em 20%, o que corresponde a 23,5 milhões de toneladas ao final da safra. Por outro lado, a projeção de importação manteve-se inalterada em 2,3 milhões de toneladas.

Quanto ao trigo, para esta nova safra a Conab espera aumento de produção aliado ao incremento do consumo interno em 3,74%. O cenário é favorável, de modo que os estoques de passagem estarão em nível mais confortável. A previsão é que fechem o ano em 1.793,9 mil toneladas, volume próximo ao observado em safras anteriores a 2019/2020.

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