Granjas & Manejo

Ventilação: noções básicas para aviários de frangos de corte

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Para ler mais conteúdo de aviNews Brasil Abril 2021

Controlar o ambiente interior do aviário é a chave para o sucesso na produção de aves e os profissionais que devidamente utilizam a ventilação obtém melhor eficiência alimentar, melhor taxa de crescimento, menor mortalidade, melhor uniformidade e melhores retornos financeiros sobre os seus lotes.

Este material fornece todas as informações que é preciso para aprender o básico de ventilação.




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POR QUE VENTILAMOS OS AVIÁRIOS?

A ventilação é de uso contínuo e diário, essencial na produção de aves em todo o ano.

As aves que se desenvolvem em um ambiente controlado com a ventilação adequada obtêm melhor crescimento e conforto.

Uma boa ventilação eficaz remove o excesso de umidade do aviário e oferece às aves um ar fresco.

Ventilação inadequada provoca estresse, permitindo calor excessivo e acúmulo de umidade no galpão, resultando em más condições ambientais.

Basicamente, a ventilação é o movimento ou circulação de ar fresco.

Estas entradas de ar e exaustores são cuidadosamente projetados para trabalhar juntos em diferentes combinações a fim de atingir os objetivos específicos de ventilação.

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O operador deve estar familiarizado com estas combinações, de entradas de ar e exaustores, de como eles funcionam juntos, para atender às necessidades das aves.

Aviários que não estão equipados com entradas de ar (Inlet) e exaustores, dependem de brisas externas e correntes de ar para fluir a quantidade adequada de ar no interior do aviário e regular a temperatura e qualidade do ar interior do aviário.

Este sistema não permite uma grande quantidade de controle sobre as condições do aviário e muitas vezes leva a:

Para máximo desempenho, as aves devem ser mantidas em uma zona de conforto térmico.

As altas temperaturas provocam ofegacão excessiva e utilização de alimentos ineficiente;

E baixa temperatura diminuirá a ingestão de alimento em aves jovens e aumentará o consumo de alimentos em aves mais velhas.

Em quase todos os tipos de clima, os aviários que não estão equipados com entradas de ar (inlet) e exaustores não podem executar o mesmo nível que os aviários fechados, que utilizam os princípios de ventilação negativa.

 

Os gráficos a seguir mostram as variações de temperaturas obtidas através de Datalogger, monitores de registro de temperatura. Ventilação Natural X Negativa em aviários de frango de corte.

A principal vantagem da Ventilação Negativa é ter condições mais constantes e consistentes do aviário, que resultará em melhor rendimento em produção das aves.

Há atualmente três modos de ventilação utilizados na maioria dos aviários modernos:

O propósito da ventilação mínima é manter a qualidade do ar adequada quando a temperatura exterior é inferior à temperatura desejada do galpão.

A qualidade de ar adequada é definida por:

umidade relativa inferior a 60 %,

baixos níveis de amônia, nunca superior a 25 PPM,

ar fresco sem excesso de poeira e

atender aos requisitos mínimos das aves

O controle principal para a ventilação mínima é um temporizador ciclo liga/desliga.

O operador do aviário é quem determina a quantidade de tempo que os exaustores de ventilação mínima devem ficar em execução para manter condições satisfatórias dentro do aviário.

Quando o temporizador é ativado, os exaustores deverão ligar para introduzir o:

O Manejo da ventilação mínima é independente do controle de temperatura e deve ser operado para manter a qualidade de ar adequada, mesmo que o ar frio entre no galpão e leve o sistema de aquecimento do aviário a ligar.

ventilaçãoPara uma operação mais eficiente, as entradas de ar (Inlet) são controladas através de motores, os quais controlam a abertura de entrada de ar com base na pressão estática.

A Ventilação de Transição é usada para esgotar o excesso de calor do aviário, além da capacidade concebida das entradas de ar e exaustores de ventilação mínima, sem o efeito de sensação de velocidade do vento nas aves.

Este modo é necessário quando a temperatura do ar exterior é igual, ou ligeiramente superior à temperatura desejada do aviário.

O modo de transição permite um controle mais preciso do ambiente em aviário durante um tempo moderado, ou no tempo de engorda, entre a necessidade de ventilação mínima e a necessidade de alto volume de movimentação de ar.

Fonte: James Donald da Universidade de Auburn/USA

Ao contrário de ventilação mínima, a de transição não utiliza um temporizador de ciclo de liga e desliga.

Em ventilação de transição, os exaustores operam 100% do tempo, porque o objetivo deste modo é remover o excesso de calor do aviário.

O manejo de ventilação de transição deve resultar em baixa velocidade de vento por toda a extensão do aviário, geralmente variando 0,5-1,0 metros por segundo. Neste modo, o fluxo de ar não esfria diretamente as aves, tal como acontece com a ventilação mínima.

As entradas são controladas por motores, que controlam a abertura de entrada de ar com base na pressão estática.

No modo de ventilação túnel:

Neste modo, ao ar de fora é permitido fluir sobre as aves, retirando o calor e produzindo um efeito de sensação de resfriamento pelo vento.

No modo túnel, o efeito do vento frio criado por ar de alta velocidade, pode reduzir em 6°C a temperatura efetiva sentida por aves que estão com seu empenamento formado.

Os gráficos mostram temperaturas estimadas, resultantes em diferentes velocidades do ar, para aves de 4 e 7 semanas.

Fonte: James Donald da Universidade de Auburn/USA

Nos aviários de túnel modernos é possível que os produtores façam as aves se sentirem confortáveis com temperaturas mais quentes do que a temperatura desejada, por causa do efeito de resfriamento do fluxo de vento diretamente sobre as aves.

O modo de túnel é especialmente indicado para áreas mais quente, ou onde se produzem aves com peso superior a 2kg. A ventilação de túnel raramente deve ser utilizada em climas frios, ou melhor, nunca deve ser usada.

Nesses casos, se for possível, deve-se manter as aves confortáveis no modo de ventilação de transição.

 

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