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Diversos artigos já foram publicados comparando as duas principais fontes de metionina utilizadas na nutrição animal:
Ácido 2-hidróxi-4-(metiltio) butanoico (HMTBA)
DL-metionina (DLM)
Em 2017, uma revisão (Vázquez-Añón et al., 2017) atualizada sobre o tema foi publicada no *World’s Poultry Science Journal com foco em suas semelhanças e diferenças, como são metabolizadas e utilizadas pelos animais para sustentar o crescimento, assim como o impacto de suas características nas curvas de dose-resposta.
Além disso, essas diferenças foram discutidas no contexto das metodologias estatísticas utilizadas para comparar a bioeficácia relativa das fontes.
Em dietas de aves e suínos, a metionina é tipicamente suplementada na forma sintética.
As duas fontes principais disponíveis comercialmente são:
Um exemplo de tais protocolos consiste em formular dietas experimentais atribuindo arbitrariamente um valor pré-determinado de eficácia aos produtos comerciais envolvidos na comparação.
Por exemplo, considerar que o valor de bioeficácia do HMTBA (88%) é apenas 65% e que o valor de DLM é 100%. Conceber uma comparação com este conceito pré-estabelecido gera conclusões errôneas quanto à bioeficácia. Em realidade, para fazer uma comparação adequada, os produtos devem ser formulados em base à concentração de produtos ativos (comparação equimolar), por exemplo HMTBA a 88% e DLM a 99% com o intuito de obter dietas experimentais com a mesma concentração de metionina total.
Este metabolismo diferencial afeta as curvas de crescimento dos animais dependendo da dose fornecida.
Em níveis mais baixos da curva de resposta, abaixo das exigências de aminoácidos sulfurados totais (AAST), os animais alimentados com HMTBA podem ter menor taxa de crescimento em comparação à DLM;
Em níveis mais altos, que suprem ou excedem as exigências de AAST, geralmente apresentam maior taxa de crescimento (Figura 1).
A resposta de desempenho de qualquer produto nos extremos da curva de resposta de acordo com a dose de metionina não é representativa do valor relativo de bioeficácia nos níveis máximos de resposta. Cabe ressaltar ainda que a desvalorização da bioeficácia do HMTBA aumenta o custo da ração e pode ocasionar perda de desempenho zootécnico.
Figura 1. Valores médios de ganho de peso corporal (g) de frangos de corte de 28 dias de idade obtidos por Schutte e De Jong (1996). Em níveis muito baixos de suplementação, as aves alimentadas com HMTBA apresentaram ganho de peso numericamente menor em relação às aves que receberam DLM; no entanto, quando fornecidos níveis mais próximos às exigências, o peso corporal das aves alimentadas com HMTBA foi numericamente mais elevado. O teste t revela que o platô predito para o HMTBA foi significativamente maior do que para a DLM (P = 0,001), o que demonstrou que as respostas à dose dos 2 produtos são diferentes. Adaptado de Kratzer e Littell, 2006.
Os nutricionistas de campo utilizam doses comerciais de HMTBA ou DLM para suprir as exigências de aminoácidos sulfurados totais para máximo desempenho. Nesses níveis, e com base nas evidências encontradas na literatura e resumidas nesta revisão, comprova-se que a bioeficácia relativa do HMTBA em relação à DLM é de 100%.
Referências:
KRATZER, D.D. and LITTELL, R.C. (2006) Appropriate analyses to compare dose responses of two methionine sources. Poultry Science 85: 947-954.
SCHUTTE, J.B. and DE JONG, J. (1996) Biological efficacy of DL-methionine hydroxy analog free acid compared to DL-methionine in broiler chicks as determined by performance and breast meat yield. Agribiological Research 49: 74-82.
VÁZQUEZ-AÑÓN, M., BERTIN, G., MERCIER, Y., REZNIK, G., & ROBERTON, J. (2017). Review of the chemistry, metabolism, and dose response of two supplemental methionine sources and the implications in their relative bioefficacy. World’s Poultry Science Journal, 73(4), 725-736.
*World’s Poultry Science Journal, Vol. 73, December 2017
https://www.cambridge.org/core
Disponível em: https://www.cambridge.org/core/terms
https://doi.org/10.1017/S0043933917000551
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