Os frangos são animais muito especializados em produzir carne. Essa especialidade traz uma outra produção, o calor endógeno.
A quantidade de calor gerada por um frango de corte é alta se considerarmos a capacidade que esse animal tem em dissipar e o detalhe é que nos primeiros dias tem baixa eficiência de geração de calor.
Temos então uma situação conflitante, ou seja, os frangos podem passar por estresse térmico em seus dois modos:
O frio nas primeiras semanas de vida, ou
O calor nas últimas.
Havendo desta maneira necessidade de entender as ferramentas nessas situações.
Ao respirar, há formação de radicais livres, que são interessantes do ponto de vista da imunidade, muito embora, se gerado em excesso, ou acima da capacidade antioxidante da ave, promove desequilíbrio e é o que chamamos de estresse oxidativo. Esse tipo de estresse pode ocorrer em qualquer situação de estresse térmico, seja pelo frio ou pelo calor.
Síndromes metabólicas como:
discondroplasia tibial,
hipertensão pulmonar,
white striping,
wooden breast e
spaghetti meat
São ocasionadas por desequilíbrio sistemático das funções biológicas. Logo, a associação com o estresse é direta, pois o que ocorre é tudo que estimula desequilíbrio, sendo que o ajuste de diversos fatores pode reduzir os impactos, ou a incidência de síndromes, ou de qualquer efeito que afete a eficiência e eficácia dos lotes de frangos de corte.
Assim, é primordial entender e buscar modos de ação nesse ponto de nutrição de frangos de corte em condição de estresse.
Mas então, o que devemos observar?
A nutrição pode sim contribuir para amenizar os impactos do estresse térmico. Amenizar, não eliminar completamente, que fique claro! Condições ideais de bem-estar e ambiência são as melhores, sempre!
E nesse aspecto, a receita básica é reduzir o calor endógeno produzido, se utilizando de técnicas e meios de rações:
mais eficientes,
com maior disponibilidade,
maior digestibilidade,
maior suporte às enzimas digestivas,
maior redução dos fatores antinutricionais,
maior incremento da imunidade,
menor estresse oxidativo…não se limitando a esses, claro!
Em se tratando do balanço da energia pelas aves, o calor gerado pelo metabolismo, as trocas de calor por radiação, condução, convecção e as perdas por evaporação, devem sempre buscar o equilíbrio, ou seja, igual a zero. Nesse modo, é possível resumir muito o que se deve buscar nas edições nutricionais das aves.
Se está ocorrendo um ganho de calor no metabolismo, deve ser compensa...