O mundo tem vivido seguidas disrupções no fornecimento global de proteína animal. Em 2018, vimos à China experimentar os mais severos episódios de Peste Suína Africana (PSA), que dizimou aproximadamente 40% do rebanho chinês e gerou um devastador efeito na oferta de carne suína do país asiático. Responsável por metade da produção global desta proteína, a China foi às compras e incrementou nestes últimos anos suas importações de carne suína de todos os grandes produtores, entre eles o Brasil.
Anos depois, uma nova crise sanitária se alastrou pelo planeta – não falo, aqui, da triste pandemia de Covid-19. Refiro-me aos incontáveis focos de Influenza Aviária, causando estragos severos pela Ásia, Europa e América do Norte neste início de 2022.
Ambas as crises tiveram efeitos diretos no comércio internacional de carne de frango do Brasil. Enquanto a China e outras nações impactadas pela PSA buscaram alternativas para suprir a demanda interna por proteína animal – e a carne de frango do Brasil foi uma das mais demandadas -, exportadores relevantes da proteína avícola, como Estados Unidos, França e Canadá, entre tantos outros países produtores, se viram às voltas com a imposição de restrições totais ou parciais de suas exportações por diversas nações pelo planeta em função dos surtos de Influenza Aviária.
O Brasil, que já ocupa o primeiro lugar nas exportações mundiais de carne de frango há mais de uma década, viu sua presença global aumentar ao longo desse período. Os embarques anuais cresceram de maneira ininterrupta desde 2018 e alcançaram o volume anual de exportação de 4,6 milhões de toneladas em 2021. Para efeitos comparativos, os EUA, em segundo lugar, exportou no ano passado pouco mais de 3,3 milhões de toneladas. Exportamos tanta carne de frango quanto à Rússia produz – e ela é a sexta maior produtora mundial.
Estes fatos evidenciam nossa presença e nosso papel como fornecedores globais, para mais de 150 nações pelo planeta. Ressaltam nossas responsabilidades e o nosso protagonismo no tabuleiro do comércio mundial de alimentos, onde construímos uma reputação pautada em atributos como:
Alta qualidade,
Status sanitário reconhecido pelas instituições internacionais,
Pela grande capacidade de customização dos nossos produtos e
Sustentabilidade do início ao fim do processo produtivo.
QUALIDADE
Com relação à qualidade, entendemos que nosso papel como produtores de alimentos tende aos ganhos de produtividade e preservando a qualidade al...