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Operação padrão leva frigoríficos à Justiça

Escrito por: Renata Leite - Zootecnista e Analista Técnico na aviNews Brasil
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A ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), que representa gigantes do segmento de aves e suínos como BRF, Seara (JBS) e Aurora, protocolou ontem, em Brasília, um mandado de segurança contra a operação padrão realizada pelos auditores fiscais federais agropecuários.

Iniciada há um mês, a mobilização por reestruturação na carreira e reajuste salarial dos servidores tem causado atrasos nos processos de produção, importação e exportação de produtos e insumos agrícolas e pecuários.

Em nota, a ABPA afirmou que apoia os pleitos da categoria e que defende o livre direito de manifestação, mas destaca que é importante “manter o fluxo de produção em detrimento ao estabelecimento de uma operação padrão, que tem penalizado o fluxo de abate, do abastecimento interno e das exportações”.

A ação judicial tem o objetivo de “evitar que os prejuízos gerados se acumulem, o que poderia gerar consequências para o consumidor brasileiro e para os clientes internacionais da proteína animal do Brasil”, disse a entidade.

O Anffa Sindical (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários) alerta para o cenário de escassez de mão de obra na categoria, mas garante que tem atendido as demandas prioritárias do setor. Os servidores indicam que há espaço orçamentário para o reajuste solicitado ainda em 2022 e não querem esfriar a mobilização.

Conforme mostrou o Valor, a situação nas fronteiras, portos e aeroportos tem piorado. Em Foz do Iguaçu (PR), são mais de 4 mil caminhões carregados aguardando liberação. Com sete recintos alfandegários na região, apenas oito auditores atuam em Foz.

“Atingimos o limite e, se providências não forem adotadas no curto prazo, notadamente quanto ao acréscimo de pessoal, a unidade inevitavelmente entrará em colapso”, disse o sindicato em nota.

A Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carne) afirma estar amparada em uma decisão liminar para obrigar a continuidade dos serviços de inspeção.

Fonte: Valor Econômico

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