Recentemente, o bem-estar de galinhas poedeiras se tornou uma questão de responsabilidade social corporativa prioritária para o setor alimentício. Dezenas de empresas estão se comprometendo a utilizar apenas ovos livres de gaiolas em suas cadeias de abastecimento.
Ovos livres de gaiolas é tema de mesa-redonda no Brasil
Participaram do evento tanto representantes de empresas que já estão comprometidas, quanto aquelas que estão interessadas em realizar a transição para uma cadeia de abastecimento de ovos livres de gaiolas.
Grandes líderes do setor alimentício se reuniram no último dia 22/11 para discutir o movimento de ovos livres de gaiolas no Brasil. O encontro se deu durante a primeira mesa-redonda sobre bem-estar animal direcionada exclusivamente para o setor corporativo, organizada pela Humane Society International (HSI).
O evento, que foi realizado no hotel Mercure JK, na cidade de São Paulo, contou com palestras da Arcos Dorados, franqueadora responsável por todas as operações do McDonald’s no Brasil e em outros 19 países na América Latina e Caribe; e da Bunge, uma das maiores empresas alimentícias e agrícolas do Brasil.
Eles discursaram sobre seus comprometimentos e ações para alcançar o uso de 100% ovos livres de gaiolas em suas cadeias de abastecimento a partir de 2025. A mesa-redonda também contou com palestras do representante da FAI do Brasil, que discursou sobre as questões técnicas na produção de ovos livres de gaiolas, e do Instituto Certified Humane, que compartilhou informações sobre a certificação de bem-estar animal no Brasil.
Participaram do evento tanto representantes de empresas que já estão comprometidas, quanto aquelas que estão interessadas em realizar a transição para uma cadeia de abastecimento de ovos livres de gaiolas.
“A Arcos Dorados tem um forte compromisso com o bem-estar animal em todas as suas compras e acompanha os avanços nos modelos de criação dos animais“, comentou Leonardo Lima, Diretor de Desenvolvimento Sustentável da Arcos Dorados. “Essa é a razão para utilizarmos apenas ovos livres de gaiolas a partir de 2025, comprometidos a oferecer aos nossos clientes produtos de maior qualidade“, completou.
Meire de Fatima Ferreira, gerente de sustentabilidade da Bunge no Brasil, declarou que na empresa a responsabilidade social corporativa e o consumo responsável são levados a sério. “Isso inclui o bem-estar animal em nossa cadeia de abastecimento“, disse. “Estamos comprometidos a apenas utilizar ovos livres de gaiolas a partir de 2025, e vamos trabalhar com a Humane Society Internacional e nossos parceiros para fazer isso acontecer”, completou.
Fernanda Vieira, gerente de programas e políticas corporativas do departamento de proteção aos animais de produção da HSI no Brasil, declarou que a entidade ficou entusiasmada com a realização da primeira mesa-redonda de bem-estar animal reunindo empresas com liderança visionária.
“A missão da Humane Society International não é apenas requisitar por melhores tratamentos dos animais, mas também apoiar as empresas durante a implementação das políticas de bem-estar animal e encorajar a colaboração entre as partes interessadas”, afirmou Fernanda. “Queremos assegurar que as empresas possuam todas as ferramentas e fontes necessárias para assegurar um futuro livre de gaiolas para as galinhas”, completou.
No Brasil e em outros países ao redor do mundo, galinhas poedeiras são confinadas por toda a vida em gaiolas de arame – chamadas de gaiolas em bateria -, que reduzem os movimentos dos animais. Segundo a HSI, defensores de melhores práticas de bem-estar animal estão conseguindo progresso no Brasil.
Dezenas das maiores empresas do setor alimentício, incluindo McDonald’s, Bunge, Cargill, Nestlé, BFFC e GRSA, já se comprometeram a utilizar apenas ovos livres de gaiolas em todas as suas cadeias de suprimentos a partir de 2025, ou antes.
Com informações da Assessoria de Imprensa da HSI