22 jul 2025
Paranaguá quer ampliar participação nas exportações de frango e mira 20% do volume nacional
A fala do executivo foi centrada na capacidade operacional do terminal e na necessidade de antecipar soluções logísticas diante do crescimento da produção avícola no Paraná.
Em apresentação na abertura do 11º Encontro Avícola e Empresarial Unifrango, Giovanni Guidolim, gerente comercial do TCP (Terminal de Contêineres de Paranaguá), afirmou que o terminal já responde por 16% das exportações brasileiras de carne de frango e projeta alcançar 20% nos próximos anos.
“A minha meta é chegar a 18%, ou a gente vai chegar em 20%”, disse, ao destacar a infraestrutura disponível no TCP e a aproximação com os exportadores paranaenses como fatores viabilizadores da meta.
A fala do executivo foi centrada na capacidade operacional do terminal e na necessidade de antecipar soluções logísticas diante do crescimento da produção avícola no Paraná. Segundo ele, a migração de cargas do Sudeste para o Sul, especialmente de Santos para Paranaguá, é uma tendência já em curso — e que impõe novos desafios de planejamento e eficiência.
Entre os diferenciais operacionais, Guidolim destacou que o TCP trabalha com profundidade de 12,8 metros sem restrição de maré, permitindo operações mais estáveis e com menor risco de atraso. Também mencionou que o terminal movimentou, em um único mês, mais de 14 mil contêineres refrigerados, e que a projeção para os próximos ciclos é de crescimento sustentado.
“A gente está preparado para receber mais carga e melhorar a ocupação da estrutura instalada”, salientou Giovanni. “O objetivo é operar com fluidez, sem formar montanhas de contêineres esperando embarque”, completou.
Ao se dirigir aos produtores e exportadores presentes, o gerente comercial do TCP afirmou que o terminal tem buscado formas de se integrar melhor à cadeia avícola. Como exemplo, citou um projeto logístico já implementado com uma empresa do setor, envolvendo uma ligação direta entre a planta frigorífica e o porto, com agendamento de janelas e estrutura dedicada para embarque.
Segundo ele, esse modelo será replicado para outros exportadores com o mesmo nível de personalização. “A gente não quer que nenhuma carga fique para trás porque não conseguiu acessar o terminal. Nosso papel é garantir fluidez”, disse.
De acordo com Guidolim, o conceito logístico que o Terminal de Paranaguá tenta consolidar está baseado na integração entre serviços, ocupação inteligente e controle em tempo real. “Queremos ser um terminal que agrega valor à operação de vocês”, afirmou.
A palestra de Giovanni Guidolim abriu a programação da 11ª edição do Encontro Avícola e Empresarial Unifrango, que reuniu acionistas, dirigentes e lideranças técnicas do setor em Maringá (PR). Realizado anualmente, o evento é promovido pela Unifrango — uma sociedade anônima de capital fechado formada por 18 empresas acionistas, com sede no Paraná.
São elas: Avícola Cooavic, Avícola Catarinense, Avícola Simarelli, Bello Alimentos, C. Vale, Coasul, Coopagrícola, Copacol, Diplomata, Frango Granjeiro, Frango Pioneiro, Jaguafrangos, Nutriza, Pluma Agroavícola, SuperFrango, Uniaves, Unifrango Agroindustrial e Zanchetta Alimentos. Com atuação conjunta em exportação, logística, produção e inteligência de mercado, o grupo é considerado uma das maiores plataformas comerciais integradas da avicultura brasileira.
