O colunista também aponta os preços das proteínas como outro sinal do crescimento da demanda pelos produtos. Ele cita, por exemplo, que a tonelada de pé de frango e do pernil suíno exportados à China pelo Brasil apresentaram 50% de aumento nos preços nos últimos meses, chegando a US$3 mil, o que corresponderia a R$12,4 mil.
Pela primeira vez, Brasil vende peito de frango à China
Conteúdo disponível em: Español (Espanhol)“O Brasil está vendendo peito de frango para a China pela primeira vez e isso mostra […]
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“O Brasil está vendendo peito de frango para a China pela primeira vez e isso mostra como a demanda do país se intensifica e se diversifica”. Assim abre sua coluna de hoje, o colunista da Folha de São Paulo, Mauro Zafalon.
Como já é sabido de muitas pessoas que acompanham o comportamento do setor, esse movimento é provocado pelo surto de Peste Suína Africana que assola a Ásia desde agosto de 2018.
O diretor executivo da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), Ricardo Santin, conversou o colunista e afirmou que o mercado mundial vive um momento delicado. A preocupação se dá pela detecção, até o momento, de mais de 9 mil focos de peste suína em todo o mundo, sendo dez países europeus e nove países asiáticos, estando os demais focos localizados no continente africano.
A avaliação no setor de proteína animal é que os reflexos em termos de aumento da demanda devem se acentuar em 2020, devido à redução do rebanho de suínos na Ásia. O tempo para preparação de matrizes vai de seis a sete meses e a formação de leitões outros oito meses, o que levanta expectativas de que o rebanho suíno nas regiões afetadas não se recomponha antes de três anos.
“E é bom lembrar que a economia chinesa continua crescendo 5% ou 6% ao ano, gerando renda e colocando mais consumidores no mercado”, salientou Santin ao colunista da Folha.
Diante desse cenário, os EUA projetam um crescimento de 12% nas exportações de carne suína em 2019, enquanto no Brasil as estimativas iniciais de 12% começam a ser revistas para 20%.
De janeiro a setembro, as exportações brasileiras para os chineses somaram 395 mil toneladas de frango e 157 mil de carne suína, o que significa que 13% da carne de frango e 30% da carne suína brasileiras foram enviadas para o país asiático. Ou seja, a China é nesse momento o principal destino das exportações brasileiras de carnes de frango e suína.
Informações retiradas da coluna Vaivém das Commodities, do jornalista Mauro Zafalon (Folha de SP)