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Atualmente, em incubatórios de larga escala com grandes volumes de produção, o gerente de incubatório tem um grande desafio, que é ser responsável por gerenciar todos os aspectos da produção e manutenção da planta, bem como da qualidade do pintinho de um dia.
O desempenho do incubatório, bem como a qualidade dos pintos de 1 dia, estão relacionados com diversas variáveis, havendo a necessidade de se gerenciar todo o processo, desde a qualidade da matéria-prima que entra na planta de incubação – o ovo fértil, bem como o processo de incubação através de indicadores, que no final do processo possam nos indicar a qualidade não apenas do nosso processo, como também do produto final.
Dentre eles, gostaríamos de mencionar alguns:
Temperatura dos ovos até o incubatório;
TEMPERATURA DOS OVOS ATÉ O INCUBATÓRIO
A qualidade dos pintos de um dia começa com a qualidade dos ovos incubáveis e seus manejos, já que eles estão tão vivos quanto os pintos de um dia, apenas não conseguimos ver.
A participação enzimática nas reações tem relação com a modulação da velocidade e da eficiência das reações enquanto a temperatura pode influenciar na velocidade das reações; retardando-as através das baixas temperaturas ou aumentando-as através das altas temperaturas. Portanto, enzimas e temperatura são fatores que também influenciam nessas reações (CALIL, 2007).
TEMPERATURA DO EMBRIÃO DURANTE A INCUBAÇÃO
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Segundo a Cobb, as temperaturas ideais são de 100 a 100,5°F. Pol et al., 2014 relataram que embriões mantidos com temperatura de casca muito alta, 39,4°C, durante a incubação, apresentaram menor comprimento de tíbia, fêmur e metatarso. Apresentaram ainda:
Pior score de umbigo,
Menor comprimento corporal,
Menor peso,
Maior gema residual e
Estômago, fígado e coração menores.
O desenvolvimento da bursa e do timo são reduzidos pelas temperaturas elevadas (37,8 vs 38,8°C, 40,1-40,6°C na casca, a 65 ± 2% de UR) durante a incubação (Oznurlu et al., 2010). Este efeito pode ser observado em pintos de uma semana pelos sintomas de imunossupressão.
Altas temperaturas da casca durante a incubação (38.9°C) alteram o desenvolvimento do músculo cardíaco (Christensen et al., 2004b; Leksrisompong et al., 2007) e podem ocasionar hipertrofia ventricular direita e aumento da mortalidade especialmente causada por ascites (Molenaar et al., 2011).
Por outro lado, baixas temperaturas também provocam grandes perdas no processo de incubação (Hill, 2011). Baixas temperaturas irão prolongar o tempo de incubação, aumentando as mortalidades finais, gerando pintos atrasados, excesso de bicados, além de pintinhos com excesso de umidade, o que não é desejável.
PERDA DE UMIDADE DURANTE A INCUBAÇÃO
Durante o processo de incubação é necessário que o embrião perca a quantidade correta de água, até a fase de bicagem interna. Caso retenha muita água, terá dificuldade em realizar a bicagem interna, caso a perda seja excessiva, corre o risco de ficar desidratado.
De acordo com Ar e Rahn (1980) a melhor eclosão em ovos de frango de corte é alcançada quando temos uma perda de umidade em torno de 12 a 14%, quando comparamos o peso dos ovos na incubação e aos 18 dias.
No entanto, há diferenças entre as recomendações para sistemas de estágio único e estágio múltiplo. Em estágios múltiplos, onde temos embriões em diversos estágios de desenvolvimento, buscamos uma perda de umidade em torno de 12 a 14%.
A perda de umidade é um importante e simples indicador para monitorar a qualidade dos pintinhos e do processo de incubação. Pode ser gerenciado buscando variações ao longo dos meses e ajustado conforme o histórico de dados, prevenindo eventuais desvios. Deve ser medido no mínimo semanalmente, em cada lote de matrizes, podendo ser avaliado por incubadora, fazendo-se ajustes pontuais em nossos equipamentos para alcançarmos melhores resultados.
A eclosão de todos os ovos embrionados não ocorre exatamente no mesmo momento, como em toda população de seres vivos, tem uma distribuição normal em um período de 24 horas (Willemsen et al., 2010).
Conceitualmente, chamamos essa distribuição de janela de nascimento, que é o intervalo entre os primeiros e os últimos pintos nascidos. No entanto, é praticamente impossível sabermos exatamente quando o primeiro e o último pinto nasceram, visto que seria necessário abrir o nascedouro diversas vezes, o que prejudicaria o ambiente do nascedouro e qualidade dos pintos. |
Referências bibliográficas sob consulta junto ao autor.