ANTES DA ENTRADA DAS FRANGAS
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Falhas de manejo nesta fase crítica poderão afetar o crescimento, uniformidade, mortalidade e a suscetibilidade a futuras doenças, assim como os resultados produtivos durante toda a vida do animal.
ANTES DA ENTRADA DAS FRANGAS
VAZIO SANITÁRIO
É imprescindível uma correta limpeza, desinfecção, desinfestação e desratização da granja, incluindo silos e tubulação de água, antes da entrada dos animais na granja. A programação de entrada de animais deve ser realizada considerando um período de vazio sanitário de, no mínimo, três semanas entre lotes.
Posteriormente, deverão ser coletadas amostras ambientais com gaze para certificar-se da ausência de Salmonela e, no caso de amostras positivas, realizar uma nova desinfecção, até conseguir eliminar a bactéria por completo (PNCS).
Conforme a estação climática do ano, se deverá realizar um pré-aquecimento do galpão de 72 a 24 horas antes para assegurar o conforto térmico na recepção dos animais.
Devemos lembrar que as aves são animais poiquilotérmicos aos primeiros dias, o que significa que são incapazes de regular sua temperatura corporal e, portanto, muito sensíveis às variações térmicas do ambiente no qual se encontram.
QUALIDADE DAS FRANGAS
A qualidade das frangas de um dia é muito importante, já que devem ser animais com um peso corporal adequado, com o umbigo fechado, sem onfalite e sem defeitos físicos ou anomalias.
Devem chegar ativas à granja para que possam encontrar rapidamente e com facilidade a água e a comida.
Recomenda-se o pré-aquecimento do galpão, de 24 a 72 h antes, para a recepção dos animais
GAIOLAS
As gaiolas onde serão alojadas as frangas na chegada devem ser as das filas da metade superior, onde a temperatura é mais elevada. Quanto maior a altura, maior a temperatura, porém deve-se considerar a necessidade de uma boa visibilidade dos animais, já que requerem um grande controle aos primeiros dias, para assegurar o maior conforto possível.
É importante lembrar que o sensor de temperatura deve estar à altura das frangas
Devemos considerar que quando criamos em gaiolas, limitamos o espaço de movimento das frangas e com isso, a capacidade dos animais se moverem buscando a zona de maior conforto.
Por este motivo, devemos ser muito cuidadosos, medindo os parâmetros ambientais e avaliando o comportamento dos animais, que é realmente o melhor indicador.
A superfície das gaiolas deve estar coberta, entre 50% a 100%, de papel, sempre comunicando o princípio da gaiola, onde teremos o alimento, com o final, onde encontraremos os bebedouros, de modo que facilitemos, ao máximo, o acesso a ambas necessidades.
Este papel deve ser especial para que haja ruído e, assim, estimule as frangas a moverem-se, além de facilitar a distribuição na gaiola e seu movimento.
Se recomienda que sea autodegradable y de no ser así se debe retirar en un plazo de 7 a 10 días, puesto que de lo contrario, se llena de heces y puede facilitar una proliferación de bacterias y una posterior contaminación.
BEBEDOUROS & COMEDOUROS
É aconselhável utilizar bebedouros de primeira idade já que facilitam muito o arranque e que os animais comecem a consumir água e alimento desde o primeiro momento.
Em relação à água, é importante limpar as linhas de água pouco antes da entrada dos animais para que estes tenham acesso a água fresca (<24ºC), assim como assegurar-se de que todos os bebedouros funcionam bem e não fiquem obstruídos após a limpeza das tubulações.
A altura dos bicos deve estar à altura dos olhos das frangas e a pressão da coluna de água, menor de 5 cm.
A qualidade química e microbiológica da água deve ser controlada de forma periódica, garantindo sua potabilidade.
TRANSPORTE DA INCUBADORA À GRANJA
O tempo transcorrido desde o nascimento das frangas até o alojamento nas gaiolas na granja deve ser sempre o menor possível.
Se deve garantir o conforto térmico e de umidade durante o transporte aos animais, recomendando-se uma temperatura entre os 26ºC e os 29ºC, com uma umidade relativa de 70% dentro das caixas das frangas.
Com esta idade, uma flutuação na temperatura e umidade pode gerar graves consequências provocando baixas e uma grande desigualdade no lote
ENTRADA
Uma vez que o caminhão chegue à granja, antes que se descarreguem os veículos, deve-se revisar o pedido para comprovar o número exato de animais que chegam, para poder fazer uma distribuição adequada nas gaiolas conforme a densidade recomendada.
Também se deverá comprovar que os veículos de transporte de animais venham acompanhados do certificado de limpeza e desinfecção, assim como o certificado das reprodutoras onde consta que as frangas provém de reprodutoras com resultado negativo nas analíticas a: Salmonella enteritidis, S. typhimurium, S. hadar, S. virchow y S. infantis.
A descarga e distribuição dos animais nas gaiolas deve ser o mais rápida possível, contando com todo o pessoal que seja necessário para isso. Deve-se considerar não empilhar as caixas de animais no solo nem próximo às paredes pois absorvem rapidamente o frio.
As frangas de diferentes origens devem ser alojadas de forma separada, podendo identificar sempre a origem de cada animal e o registro de mortalidade de cada origem também deve ser registrado separadamente.
Uma vez descarregadas todas as frangas, deve-se contar as baixas que porventura tenham ocorrido e o veterinário deve elaborar um informe à incubadora, informando o número de baixas, a causa, o estado dos animais e mencionando qualquer incidência notável.
Os parâmetros ambientais mais importantes a se considerar na recepção das frangas são:
Também devemos considerar outros fatores como evitar correntes de ar dentro do galpão (menor que 0,2m/seg) e controlar os níveis de dióxido de carbono (<3.000 ppm) e de monóxido de carbono (<10 ppm).
AMOSTRAS NA RECEPÇÃO
O veterinário deverá recolher dez fundos de caixa para analisar o conteúdo de mecônio e fezes para garantir que os animais são livres de Salmonela, mediante um autocontrole (com base no Programa Nacional para a Vigilância e Controle de determinados sorotipos de Salmonela em galinhas poedeiras da espécie Gallus gallus, especificado na parte B do Anexo II do Regulamento (CE) Nº 2160/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho).
Deve-se colher amostras de sangue (consultar o Plano Anual Zoosanitario segundo a Comunidade Autônoma) para realizar uma sorologia e avaliar os títulos de Mycoplasma gallisepticum, M. sinoviae e de Gumboro (para poder calcular a data da primeira vacinação em água) segundo o programa vacinal.
É necessária a contagem das caixas para confirmar que, em cada uma, veio o número de animais estabelecido e fazer a pesagem de cem animais, de forma individual, para estabelecer una média de peso de entrada e uniformidade.
É recomendável realizar necrópsias das baixas no transporte e descarga para averiguar o motivo, assim como medir a temperatura corporal dos animais ao chegarem, que deverá ser, na cloaca, de 40,5ºC
HORAS POSTERIORES À ENTRADA
Após a descarga dos animais e comprovação de que todos os parâmetros estão corretos e os animais estão bem, deve-se isolar o galpão durante duas horas para que as frangas relaxem e se habitem ao novo espaço depois do estresse da descarga.
Após esse tempo se deverá voltar frequentemente ao galpão para comprovar que tudo está em ordem e avaliar a sensação térmica dos animais.
Como mencionado anteriormente, é importante recordar que a temperatura ideal não é a indicada nos manuais, mas a temperatura e umidade, entre outros parâmetros ambientais, nos quais os animais se encontram mais confortáveis.
No caso de as frangas terem recebido um corte de bicos na incubadora, o manejo deve ser ainda mais cauteloso já que os animais chegam mais sensíveis e lhes custa mais comer e beber devido ao manejo realizado.
CONSUMO DE ÁGUA & COMIDA
Pode-se estimular o consumo de água tendo uma pressão que permita que as frangas possam ver com facilidade a gota brilhante de água. Para conseguir o bom brilho da gota, a intensidade de luz deverá ser a adequada, estando entre os 30 e 50 lux durante os primeiros 7 dias, por isso a luz nos primeiros dias é um fator realmente importante.
Deve-se realçar que a prioridade é que os animais comecem a beber água o quanto antes possível, motivo pelo qual todos os esforços são importantes.
O fácil acesso à comida também é de grande importância nas primeiras horas. Colocar alimento em cima do papel, em frente à linha do comedouro, antes da entrada das frangas e fazer a reposição frequentemente durante as primeiras horas ajudará a ensiná-las onde está a comida, assim como ter o máximo de alimentos nas linhas de comedouro.
Para comprovar que os animais comeram e beberam deve-se fazer um controle de recipiente após 8 horas da entrada dos animais. Este controle consiste em revisar 100 recipientes em diferentes sítios da granja e ao menos 80% das frangas devem ter conteúdo no recipiente tanto de água como de comida.
Se partimos de uma boa qualidade de franga de um dia e realizamos um bom manejo nas primeiras horas de vida, controlando os parâmetros ambientais e de bem-estar dos animais, melhoramos a sanidade, uniformidade e qualidade do lote no presente e na futura etapa produtiva