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Probióticos: 3 pontos a considerar ao escolher um probiótico para aves

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Paulo Cesar Martins Biocamp

Os benefícios do uso dos probióticos na avicultura têm sido amplamente divulgados, principalmente nas últimas duas décadas. Ao melhorar a integridade do trato gastrintestinal das aves, eles criam o ambiente ideal para o desenvolvimento de uma microbiota equilibrada e, ao mesmo tempo, estimulam o desenvolvimento e maturação do sistema imune inato e específico local (GALT). Isso é vital para a defesa contra microrganismos patogênicos e suas potentes toxinas, e permite que o intestino das aves continue desempenhando funções essenciais – digestão e absorção – que se traduzirão em melhor desempenho zootécnico e econômico.

O conteúdo deste material não tem o objetivo de mostrar as vantagens de usar probióticos para avicultura. Seus benefícios já são amplamente conhecidos. O que pretendo é alertar que apenas a qualidade e a quantidade corretas deles realmente poderá atingir os efeitos esperados. Parece óbvio, mas não é. Ainda mais quando temos o uso de probióticos associado ou misturado a outros componentes. Vou explicar melhor.

Com a elevada quantidade de produtos veterinários disponíveis no mercado, que contêm probióticos em sua formulação, fica difícil saber qual é o mais indicado para o seu negócio (tratamos do tema aqui) – e a real efetividade de cada um. Conforme adiantei acima, é fundamental entender que tanto a qualidade quanto a quantidade adequada do probiótico é o que permite alcançar os efeitos esperados com o seu uso. Até porque, por serem organismos vivos, os probióticos exigem cuidados fundamentais para manter sua viabilidade, para que possam cumprir seu papel e oferecer o nível de garantia que está na bula de um produto.

Pensando nisso, e para que a saúde das suas aves não esteja em xeque, listei 3 pontos de atenção a serem considerados quando analisamos a eficácia dos probióticos para aves.

 

 

 

1. Os probióticos não são iguais

Os probióticos são diferentes entre si, variando conforme sua composição, concentração e veículo.
São três grupos principais existentes no mercado: i) NAGF, sigla para Normal Avian Gut Flora (Flora Normal de Aves Adultas), ii) os probióticos de múltiplas cepas colonizadoras e iii) os probióticos de uma ou mais cepas NÃO colonizadoras. Cada um deles oferece uma proteção específica e auxilia num objetivo a ser alcançado no negócio.

Se isto é verdade, o uso deles precisa ser acompanhado de um programa específico, customizado, que atenda os desafios que o produtor enfrenta no dia a dia. Quando falamos em colonização precoce, é importante considerar o uso de probióticos já no incubatório, pois as bactérias probióticas exercem papel essencial na formação, maturação e manutenção da integridade intestinal, conferindo equilíbrio da microbiota intestinal (eubiose), competindo com o crescimento de bactérias patogênicas e o respectivo aparecimento de enfermidades  entéricas.

2. A qualidade e a quantidade de bactérias probióticas importam

Probióticos são produtos que contêm microrganismos vivos de uma ou mais espécies. Eles podem ser apresentados em diferentes formatos: em pó, líquido, liofilizado ou como alimento pronto e podem ser administrados por spray, na ração, na água de bebida, e até mesmo “in ovo”. Há inclusive rações comerciais que já contêm probióticos. A apresentação e a forma de administração são, portanto, bastante variáveis.

Como já adiantei acima, o mais importante é que eles estejam na dosagem recomendada — e correta! Em outras palavras: há uma concentração e quantidade mínima a ser consumida para que os probióticos realmente tragam benefícios à saúde das aves e para que os efeitos sejam os esperados. Por mais que um produto tenha em sua composição “probióticos”, é preciso verificar se a qualidade e a quantidade são ideais.

3. Probióticos e Compatibilidade

É preciso atenção para a compatibilidade entre probióticos e outros ingredientes, como minerais, vitaminas, eletrólitos e ácidos orgânicos, contidos no produto comercial. Isso porque, mesmo que estejam revestidos, eles perdem sua eficácia quando associados a determinados ingredientes. Em outras palavras: mesmo que o nível do probiótico descrito na bula seja o suficiente para oferecer os benefícios esperados, isso dificilmente vai acontecer se ele estiver misturado com outros componentes incompatíveis.

Nível de qualidade: testes e produção

Como a Biocamp foca na produção e comercialização de probióticos e vacinas para avicultura, a empresa está atenta ao nível de qualidade que seus produtos precisam atingir para que sejam realmente eficazes. Para isso, conta com laboratório de garantia da qualidade e laboratório de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) para reforçar e assegurar a qualidade do que disponibiliza ao mercado.

O laboratório tem um moderno sistema de biosseguridade para desenvolver seus produtos e o time de especialistas que atua ali faz rigoroso controle de titulação dos produtos (quantidade de bactérias formadoras de colônia/grama de produto (UFC/g) para liberação das partidas), além de monitorá-los em diferentes tempos de shelf life.

Saúde única

A Biocamp não faz um produto que ela quer vender. A Biocamp produz aquilo que o cliente necessita e tem o compromisso de entregar qualidade e segurança, com produtos que proporcionam saúde às aves, ao meio ambiente e ao consumidor – ou seja, que colaboram não apenas para a sustentabilidade da cadeia produtiva, mas do próprio planeta. E faz tudo isso mantendo o foco nos ganhos financeiros para os produtores, que são fundamentais para seus negócios prosperarem.

Paulo Martins é diretor Técnico e Comercial da Biocamp

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